“A guerra contra o coronavírus está longe do fim. Mas o que posso dizer é que, em Minas Gerais, ganhamos a maioria das batalhas”, afirmou
Na contramão de Estados e municípios brasileiros que preferiram endurecer o isolamento social para combater o vírus chinês, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), optou pela prudência: deixou a cargo de cada um dos prefeitos das 853 cidades espalhadas pelo território mineiro a decisão sobre a flexibilização do confinamento. A sensatez contrasta com a irresponsabilidade dos que insistem no lockdown generalizado, a exemplo de Pernambuco.
Na primeira quinzena de março, quando se soube que o inimigo vindo do Leste estava em solo brasileiro, Minas decidiu se fechar.
Preparação
Nos 30 dias em que o Estado permaneceu sob confinamento, as atividades essenciais continuaram e os preparativos para a guerra contra o adversário desconhecido foram feitos — entre eles, o mapeamento da rede pública de saúde. “Fizemos isso com todas as unidades hospitalares do Estado, para ter ideia de como as coisas estavam e estabelecer as diretrizes corretas de combate ao coronavírus”, afirmou Zema em entrevista à Oeste.
“Tudo tem sido feito em comunidade, da forma mais transparente possível”
Segundo o governador, a análise criteriosa possibilitou a identificação de necessidades urgentes, como o reparo de 428 respiradores pulmonares. O custo da operação para os pagadores de impostos? Zero. Isso porque o Sesi, o Senai e empresas do setor privado financiaram o conserto. A economia se estende à compra de outros 1.047 equipamentos do tipo. O governo os adquiriu por preço abaixo do praticado no mercado.
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Contribuiu para isso o fato da encomenda ter sido programada em etapas, cujas entregas começam em junho e terminam em agosto. Portanto, não foram feitas de uma hora para a outra. “Também conseguimos utilizar o recurso de um depósito judicial para fazer o pagamento, o que ajudou ainda mais na redução de custos para os cofres públicos”, observou o governador. “Quando se paga adiantado, se ganha desconto”.
A atual curva de infecção no Estado indica que os cuidados adotados estão sendo positivos. Segue estável a taxa de ocupação dos leitos clínicos e de unidades de terapia intensiva (UTIs) — na casa dos 69%, segundo as Secretarias de Saúde. Em Belo Horizonte, 74% das UTIs estão ocupadas, o mesmo porcentual da véspera do surto. Na sexta-feira, 29, Minas registrava 9.332 casos confirmados e 257 mortes (o Estado tem 21 milhões de habitantes).
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Embora haja informações acerca de subnotificações por causa dos assintomáticos, o governador garante que não é verdade. Isso porque, de acordo com ele, há testes suficientes no Estado. “Será testada qualquer pessoa que for atendida no sistema público”, afirmou. “Também não há falta de teste para nenhum óbito com suspeita de covid-19”.
“Não é adequado administrar o mesmo remédio para problemas diferentes”
Atualmente, há um hospital de campanha localizado na capital, com 768 leitos de UTI. A um custo de R$ 5,3 milhões, 80% desse valor (R$ 4,2 milhões) foi bancado pela iniciativa privada. O governador explicou que, “em comparação com outras unidades que se tem por aí, é um valor baixo. Ajudou o fato de termos colocado os cadetes da Polícia Militar para construí-lo e fazer tudo sob orientação de técnicos”.
Desde que foi inaugurado, não houve necessidade de usá-lo. “Caso a unidade venha a operar, porém, as atividades serão desempenhadas por médicos da rede pública em parceria com os reservistas da PM”, pontuou Zema, ao mencionar que também haverá a colaboração de profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais e da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
O governo foi além e, ainda durante o período de isolamento, decidiu repassar aos municípios, a preço de custo, equipamentos de proteção individual, conhecidos como EPIs. Os lotes, que contemplaram profissionais de saúde do setor público, continham máscaras, luvas e demais objetos de segurança. A medida visou a alcançar as pequenas cidades no interior que possuem limitações financeiras para adquiri-los.
Reabertura
O processo foi lento, seguro e gradual. De acordo com o governador, o que o motivou a dar protagonismo aos prefeitos foi o fato de cada cidade apresentar uma situação distinta da outra. Em aproximadamente 60% do Estado, segundo Zema, não havia (e ainda não há) nenhum caso de coronavírus ou morte em razão da covid-19. “Não seria adequado administrar o mesmo remédio para problemas diferentes”, disse.
Sendo assim, findos os 30 dias, o governo lançou o programa Minas Consciente, voltado para a reativação gradual da economia. Trata-se de um protocolo que enumera vários critérios para que um município possa retornar à normalidade. O Estado foi dividido em regiões e os serviços em quatro ondas: essenciais, baixo, médio e alto risco. A autorização para que os estabelecimentos funcionem depende de decreto municipal.
Apesar das dificuldades, a medida mostra que é possível combater o vírus enquanto se faz a retomada das atividades laborais. Ressalte-se que Minas passa por problemas financeiros em razão de gestões anteriores. Em fevereiro deste ano, a dívida com a União era de R$ 740 milhões — para isso, Zema quer avançar com reformas e com o programa de privatização, que pretende atingir todas as empresas públicas em nome do Estado.
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“Tudo tem sido feito em comunidade, da forma mais transparente possível”, garantiu Zema. “Os prefeitos têm procedido de acordo com esses protocolos, bem como a população”. Para o governador, contudo, o fim da guerra contra a covid-19 ainda é uma realidade distante: “Está longe de podermos dizer que, aqui em Minas Gerais, fomos bem-sucedidos. Até o momento, o que posso constatar é que ganhamos a maioria das batalhas”.
Em Minas, não se gasta tempo com as insignificantes Fake News.
Esse é o exemplo de governo que o Brasil deve ter; discreto e eficiente.
Temos que saber dos protocolos clínicos. MG é um exemplo ? Gostaria de saber.
Parabéns !Esse é um governo de conscientização e responsabilidade!Estrategista sem demagogia e respeitando seus limites!????????????????????
Minas mais uma vez se destaca na política nacional. Agora, com o Rio e São Paulo metidos até o pescoço no Covidão, Zema aparece como opção para suceder Bolsonaro em 2026, se se mantiver no atual padrão de governar.
Melhor governador do Brasil. Zela 2022
Parabéns ao governador Zema??? Gostaria que os outros, “oportunistas políticos” , agissem assim: Franqueza, humildade e competência.
Me orgulho de ter votado nele, jeitinho mineiro, manso e coerente com a realidade que o país está passando, Zema 2022.
Muito boa a atuação do governador Zema e muito bom o texto do jornalista!
O governador de Minas, além de trabalhar com transparência e seriedade, não deixou a ideologia influenciar as decisões relacionadas à pandemia, o que, aliás, deveria ser o comportamento de todos os governantes neste momento difícil que passamos.
Aqui em Minas está uma quebradeira sem precedentes, graças a famingerada ideia das ondas. Onda verde, branca, amarela e vermelha. Empresas que não se enquadram nas primeiras ondas, seguem fechadas, a 70 dias. Alguns prefeitos, mais sensatos, chutaram esse argumento absurdo das ondas e abriram todas as empresas, tomando todos os cuidados. Mas muitos prefeitos suspeitos continuam travando a economia de seus municipios. Exemplo do que acontece ainda em BH, São João del Rei, Tiradentes, Conselheiro Lafaiete, Barbacena, etc. Estão fazendo roleta russa com as empresas e empregados. Lamentável.
Sabemos que MG tem municipios que agem de forma covarde contra seus cidadãos e suas empresas, mas são minoria. Já o governador Zema demonstra bom senso, honestidade e eficiência, pondo para escanteio seu superficial Partido Novo e assumindo a responsabilidade de bem governar diante de duas crises, a econõmica e a de saúde. Zema vai longe ao contrário do Dória e Witzel.
Ele é fruto do NOVO. Mas o partido tem muitos mais Zemas para apresentar. Pare de personificar o sucesso. Insucesso é do partido
Já era partidos políticos. Seus presidentes p se qualificarem aos cargos, normalmente são, ou se escolham na bandidagem. Os exemplos estão aí. Amoedo está para Meirelles, assim como Aécio pó está pra Juca. São operações simples.
Ñ deixemos de citar o prefeito de 7 lagoas, q nem sabe o q é Dória, STF, maias e Alcolumbres. Todos bem orientados e mundo q produz.
Alguns prefeitos, microtiranetes, estão falindo seus municípios.
Excelente!!! Zema, está dando “lapadas” em Doria e seus satélites!! Enquanto isso o seu partino o NOVO, age contra ele.
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Zema é disparadamente, o melhor governador do Brasil. Infelizmente SP e Rio escolheram mal seus gestores e estão pegando por isso.
Parabéns Governador Zema! Belo trabalho!
Homem capaz de mudar os rumos do Partido Novo! (Amoedo, obsoleto, anacrônico e incoerente está jogando o Novo numa corrente obscura e cheia de volubilidade)