Horas depois de o perfil oficial da Sputnik V no Twitter anunciar que a fabricante do imunizante processaria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por “difamação”, o diretor-presidente do órgão, Antonio Barra Torres, rebateu as acusações e reiterou a decisão de vetar a importação da vacina.
Barra Torres confirmou que a avaliação da Anvisa sobre a Sputnik V foi encaminhada à Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências regulatórias estrangeiras. De acordo com o Instituto Gamaleya, da Rússia, a vacina já obteve aprovação para uso emergencial em mais de 60 países até o momento.
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“A Anvisa foi acusada de mentir, de atuar de maneira antiética e de produzir fake news sobre a identificação do adenovírus replicante”, protestou Barra Torres. “A diretoria colegiada da Anvisa, atendendo estritamente ao interesse público sobre vacinas contra a covid-19, esclarece que as informações sobre a presença de adenovírus replicantes constam dos documentos entregues à Anvisa pelo desenvolvedor da vacina Sputnik V.”
A agência brasileira mostrou documentos enviados pelos fabricantes da Sputnik V e um trecho, em vídeo, de uma reunião entre os desenvolvedores da vacina e os técnicos da Anvisa. No vídeo, os representantes do órgão questionam os russos sobre a presença do vírus replicante, e os fabricantes reconhecem que o apontamento está correto.
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Mais cedo, como noticiamos, o perfil da Sputnik no Twitter anunciou: “Após a admissão do regulador brasileiro Anvisa de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente”.
O Fundo Soberano da Rússia, responsável pela coordenação do desenvolvimento da vacina russa, já havia se manifestado sobre a decisão da Anvisa, que classificou como “política e tendenciosa”. “Quando falo de política, não é nossa opinião, é fato. Os Estados Unidos disseram que queriam convencer o Brasil a não usar a vacina russa”, afirmou o CEO do fundo, Kirill Dmitriev.
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A ANVISA prova excelência e segurança ao Brasil. O problema russo é outro e não sua vacina duvidosa. Seu problema é o estado que foi criado com o assassinato de muitos russos e hoje é um exemplo de arrogância da ditadura (do proletariado? Haha, só se for uma piada de mal gosto, pois o alto escalão russo -vampiros- vive uma vida de luxo do imposto coletado do
russo trabalhador).
Quem acompanha a disputa por vacinas sabe que não é fácil produzir sete ou dez bilhões de vacinas num ano. Mas, muitos jornalistas da RBS, Globo, UOL, FSP, ZH pensam que comprar vacinas é como ir no camelódromo. É um desafio constante.
É isso mesmo…