Estudo clínico sobre uso do medicamento no Brasil será divulgado de dois a três meses
Nesta quinta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro levou uma caixa de hidroxicloroquina à reunião do G-20 que ocorreu por videoconferência para discutir a pandemia.
Em imagens divulgadas pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece segurando uma caixa de Reuquinol. Ele estava ao lado do chanceler Ernesto Araújo.
Ontem, por meio das redes sociais, Bolsonaro voltou a dizer que o tratamento com hidroxicloroquina tem mostrado eficácia e pode trazer tranquilidade à população.
O tratamento da COVID-19, a base de Hidroxicloriquina e Azitromicina, tem se mostrado eficaz nos pacientes ora em tratamento. Nos próximos dias, tais resultados poderão ser apresentados ao público, trazendo o necessário ambiente de tranquilidade e serenidade ao Brasil e ao mundo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 25, 2020
No entanto, o primeiro estudo clínico do país a testar o uso do medicamento para tratamento de infecção pelo coronavírus só terá os resultados divulgados em dois ou três meses. O estudo envolverá 1,3 mil pacientes e 70 hospitais.
Nas redes sociais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou que a pasta vai distribuir 3,4 milhões de unidades dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina para uso em pacientes internados em estado grave.
Mandetta afirmou que a automedicação não deve ocorrer “em hipótese alguma”. Em alguns países, como Estados Unidos e Nigéria, registraram-se casos de intoxicação após a automedicação com o fármaco.
Em nota, no início da semana, a Anvisa informou que toda prescrição de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina precisa ser efetuada em receita especial de duas vias, segundo informa o Estadão Conteúdo.
A nova regra incluiu esses medicamentos na lista de substâncias controladas.
A entrega ou a venda do medicamento nas farmácias e drogarias só serão feitas a pessoas com a receita especial, para que uma via fique retida na farmácia e a outra com o paciente.