Durante o primeiro semestre de 2021, o Brasil deixou de fabricar 120 mil automóveis, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Esse cenário é resultado da falta de chip, também conhecido como semicondutor, que é um dos itens mais importantes para a indústria automobilística e tecnológica.
“Dependendo do semicondutor, não tem nem como começar a montar o veículo. [Sem o item] você perde a produção mesmo”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
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Efeito pandemia
A escassez da peça é verificada desde 2020, quando a pandemia causou um desequilíbrio nos mercados globais aumentando a procura por notebooks, smartphones e outros produtos. Com o isolamento social, grande parte da população passou a trabalhar de casa. Como consequência, a demanda por microprocessadores também subiu e os fabricantes não estão dando conta.
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Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, mais de 70% das empresas dos setores da indústria automobilística e de informática e eletrônicos já relataram problemas no fornecimento de insumos para a produção em junho de 2021. No mesmo período, 45% das empresas que dependem de produtos importados também relataram problemas em manter a produção.