O número de animais domésticos no Brasil já supera 168 milhões de indivíduos. Desse modo, o país segue como o terceiro maior no mundo no quesito pet, segundo dados do jornal Valor Econômico divulgados no domingo 13.
Os pets ultrapassam a soma das quatro maiores torcidas de futebol — Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras, que reúnem cerca de milhões de torcedores. Assim, cabem quase dois pets em cada um dos 90 milhões de domicílios do país, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números indicam as alterações no comportamento das famílias brasileiras, em que a escolha feita por mulheres e casais por um número menor de filhos, o processo de envelhecimento da população e outros fatores levam a mudanças no estilo de vida, como residir em domicílios menores.
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Arquivos do Ministério da Saúde revelam que, entre 2013 e 2021, nasceram 26 milhões de crianças no país. No mesmo período, o número de animais de estimação cresceu pelo menos 18 milhões. O que significa que a cada cem crianças que nasceram, chegaram também 69 animais domésticos.
Pet e a economia do Brasil
Essa relação com os animais dentro dos lares impulsiona um setor bem consolidado. A indústria de produtos para animais de estimação deve encerrar o ano com um crescimento de 10,6% em relação ao ano passado em seu faturamento, com um valor de R$ 46,42 bilhões. A projeção é da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação,
A comercialização de produtos para animais domésticos reúne empresas de diversos tamanhos. O setor abrange também os cuidadores para atendimento em “creches” para animais de estimação e até oferta de planos de saúde.
O número de pets aumentou no Brasil, sobretudo, após a pandemia do vírus covid-19, apontam os dados da Euromonitor.
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