Ainda que a prefeitura de São Paulo mantenha a recomendação para que não haja desfiles de rua na capital paulista, os organizadores de blocos afirmam que a festa vai acontecer no feriado prolongado de Tiradentes. No entanto, o evento deve reunir cerca de 5% dos 800 blocos cadastrados, e não haverá divulgação dos locais e nem trio elétrico.
“São blocos comunitários, que saem a pé, com estrutura pequena e pouco impacto para a cidade. Ninguém desistiu, vamos sair e temos know how de Carnaval”, disse Marco Ribeiro, coordenador do Bloco do Fuá e do Arrastão dos Blocos. “No passado, fazíamos sem autorização da prefeitura e nunca aconteceu nada. Vamos pagar varredores na concentração e acionar os catadores de recicláveis para diminuir o lixo.”
O desfile das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital, está marcado para os dias 22 e 23, depois de ter sido adiado por causa da pandemia.
No início deste mês, um manifesto assinado por seis coletivos de blocos da cidade tornou pública a intenção dos organizadores de fazer os desfiles de rua. “Não podemos aceitar qualquer violência contra o Carnaval”, informou o texto. “Bater nossos tambores em praça pública é um direito nosso.”
O que diz o prefeito Ricardo Nunes
Em janeiro, a prefeitura cancelou o Carnaval de rua, em razão da variante Ômicron e da impossibilidade de cumprir os protocolos sanitários diante da expectativa de público de 15 milhões de pessoas.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, na última segunda-feira, 11, disse não haver tempo hábil para organizar a festa nas ruas da cidade. “A gente não tem como organizar isso para acontecer no dia 21 de abril. (…) a Polícia Militar já falou que não consegue pôr policial na quantidade necessária. A gente não vai conseguir contratar ambulância, porque não há tempo hábil para fazer contratação de ambulância, de gradil, rota de fuga, tenda com médico. Estamos tentando convencê-los a fazer mais para a frente, talvez em julho.”
Questionado sobre o que pretende fazer caso as pessoas resolvam sair às ruas para festejar, Nunes respondeu: “Seria uma irresponsabilidade colocar milhões de pessoas na rua se a gente não vai ter uma ambulância, a gente não vai ter segurança”.
Segundo a prefeitura, a regra prevê que a realização de eventos como blocos de ruas deverá receber autorização prévia de órgãos competentes, com informações sobre organizadores, horário, locais e períodos de duração.
A gestão municipal cita o Decreto 49.969/2008, que regulamenta a expedição de alvará de autorização para eventos públicos e temporários e estabelece antecedência mínima de 30 dias da data de realização do evento.
aproveita esses 2 anos de pandemia e acaba de uma vez com essa budega !
Ué, São Paulo tem Prefeito????
Como se o carnaval fosse uma coisa estritamente necessária,