A prefeitura de Porto Alegre divulgou, na tarde de terça-feira 21, fotos aéreas que comprovam a grande extensão dos alagamentos nas ilhas da capital gaúcha depois que o rio Guaíba atingiu seu maior nível desde 1941, marcando 3,46 metros.
Por causa dos estragos causados pelos alagamentos, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) decretou estado de emergência em toda a capital. Com o decreto, a prefeitura espera poder simplificar as contratações necessárias a fim de minimizar os impactos da cheia do rio Guaíba sobre a população porto-alegrense.
Quase mil desabrigados
A fim de responder à situação de emergência, a prefeitura de Porto Alegre anunciou que deve abrir três abrigos para acolher os cidadãos que perderam suas casas por causa dos alagamentos.
De acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil do município, desde que a situação em Porto Alegre se agravou, cerca de 920 pessoas tiveram de ser removidas de suas casas. A maioria delas residia no bairro Arquipélago, que ficou debaixo d’água.
Bairros de Porto Alegre debaixo d’água
Na noite de segunda-feira 20, a comporta de contenção do portão 13 do Lago Guaíba, na capital gaúcha, cedeu. O rompimento resultou no alagamento do 4º distrito de Porto Alegre, região que abriga bares, restaurantes e startups. A inundação também interrompeu a circulação de trens e ônibus, o que obrigou a prefeitura a decretar situação de emergência.
Segundo o jornal Estadão, a Avenida Voluntários da Pátria, uma das principais vias de Porto Alegre, foi tomada pela água no trecho entre a Avenida São Pedro e a antiga Ponte do Guaíba, nas proximidades da Igreja Navegantes. Veículos leves não puderam atravessar o trecho entre a Avenida Cairú e a ponte.
Na madrugada de terça-feira 21, agentes empregados da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) e Departamento de Água e Esgoto (DMAE) utilizaram sacos a fim de conter a água. Porém, a região segue alagada.