O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) adiou a votação do parecer sobre a suspensão do deputado estadual Fernando Cury (Cidadania), flagrado apalpando a colega Isa Penna (Psol) no plenário da Casa, durante sessão realizada em dezembro do ano passado. A análise do texto ficou para sexta-feira 5.
Leia também: “Conselho de Ética da Alesp aceita denúncia contra deputado por assédio sexual”
O relator do caso na Alesp, Emidio de Souza (PT), sugeriu a suspensão de Cury por seis meses. Trata-se de uma solução negociada por diversas lideranças políticas, muitas das quais ligadas a Cury, para evitar a cassação do mandato. O pedido de suspensão seria uma forma de evitar que o deputado se livrasse de punição — já que a possibilidade de que ele tenha o mandato cassado por seus pares se tornou remota nas últimas semanas.
Em seu parecer, o deputado petista classifica o ato do colega como “inaceitável” e “inadequado”. O texto também prevê que, durante esse período, seja “suspensa a percepção de qualquer subsídio pelo parlamentar e vantagens dele decorrentes”.
O parecer que pede o afastamento de Cury será apreciado pelos nove integrantes do Conselho de Ética, além do corregedor da Casa, Estevão Galvão (DEM). Se for aprovado por maioria simples, o texto seguirá para o plenário da Alesp.
Os pedidos de vista do parecer, que adiaram sua apreciação pelo Conselho de Ética nesta quarta, foram apresentados por Wellington Moura (Republicanos) e Adalberto Freitas (PSL). Cury foi acusado pela deputada do Psol de importunação sexual. O episódio também está sob investigação do Ministério Público.
Fernando Cury também está na mira do próprio partido. O Cidadania decidiu afastar o deputado, ainda em dezembro.