(Por J.R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 7 de novembro de 2021)
O governo, a universidade e a mídia dos Estados Unidos, mais o seu universo político e os departamentos de marketing de suas megaempresas, são extraordinários produtores de advertências, estudos e documentários sobre a destruição do “planeta” por causa dos problemas ambientais. Na verdade, são os maiores do mundo, disparado, em matéria de dizer para os outros o que devem fazer para salvar a humanidade. O problema, nisso tudo, é que, além de produzirem lições de conduta, os Estados Unidos são também um dos maiores produtores de carbono da Terra — e não querem fazer nada de sério a respeito.
A mais recente COP — já estamos na 26.ª, e o “planeta” continua entupido de carvão — deixou claro, mais uma vez, como as grandes potências econômicas realmente se comportam em matéria de agressões maciças ao meio ambiente. Na hora de substituir as palavras por atos, onde estão os grandes desta Terra? Todos somem. No caso da COP 26, a China, país que mais consome carvão no mundo — são 5 bilhões de toneladas por ano, uma beleza para esse “efeito estufa” do qual se fala o tempo todo —, a Índia, o segundo maior, e os Estados Unidos, o terceiro, simplesmente se recusaram a aceitar qualquer acordo para reduzir as suas emissões de carbono.
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Quer dizer: o mundo vai acabar, segundo a militância ecológica americana (e mundial), mas ninguém está disposto a consumir menos carvão e a buscar fontes de energia mais limpas. Se os três maiores responsáveis pela poluição mundial não querem mudar de vida para melhorar a qualidade da atmosfera — a China nem se deu ao trabalho de ir a essa COP —, o que esperar, de prático, de toda a conversa que se ouve sobre meio ambiente? Que diferença vão fazer a alface orgânica, a bicicleta e outras exigências morais dos militantes ecológicos, quando a China continua socando carbono no ar (vai continuar assim por décadas) e os Estados Unidos, a pátria do “ambientalismo”, viajam no mesmo bonde?
A conferência mundial do clima não é apenas um fracasso; é uma exibição incomparável de hipocrisia, vigarice e arrogância de país rico. A realidade é que os grandes geradores de poluição se recusam oficialmente a poluir menos — e que o Primeiro Mundo, sempre tão intransigente na hora de dar lições ao Brasil, África, etc. não cede em nada no seu consumo, nos seus hábitos e no seu bem-estar. Todos estão prontos a jurar que o Brasil precisa ser parado, já: produz carne demais, soja demais, comida demais, e isso vai acabar com o “planeta”. Enquanto falam, o carbono deita e rola.
Leia também: “O mundo precisa aprender com o Brasil”, reportagem de capa de Edição 85 da Revista Oeste
Se houvesse consenso sobre a “destruição do mundo”, como pregam os militantes, rapidinho esses países agiriam.
É tudo dinheiro.
O mais triste é ver brasileiros repetindo o mantra colocado por estes pseudo-ambientalistas estrangeiros.
Estão tão preocupados com as queimadas da amazônia…
De fato, as outras nações visam as nossas riquezas minerais.
Tchau, querida Greta!
Mestre Guzzo, obrigado pelo bom senso e lucidez.
Dá nojo de certos caciques que disponibilizam índios para o teatro das COPs. Não são só os indígenas brasileiros. Há índios (atores) de todas as partes do mundo. A Greta, por exemplo, nunca pegou no batente. Abanar para o povo com chapéu alheio. É isso que todos fazem. Obama, Greta, Soros, Gates….
Como querem acabar com o carbono se todos os seres vivos, sejam vegetais e animais deste planeta são feitos basicamente dele? As plantas necessitam dele (CO2) para seu crescimento que juntamente com a água, se transformam em glicose através da fotosíntese. Então, podemos dizer com toda a certeza que o CO2 é o gás da vida que alguns idiotas insistem em dizer que se trata de um poluente. Confundem o CO2 com o CH4 (metano), este sim, um potente gás poluente juntamente com o CO que é altamente tóxico.
É claro que dentro de certos limites desse gás presente na atmosfera, torna o ar irrespirável, como na atmosfera de Marte, onde tem um excesso de CO2 só que aqui na Terra, ele é reciclado constantemente e os oceanos são os maiores absorvedores deste excesso deste gás e as florestas também. Existem experiências em estufas totalmente vedadas, onde se injetou o CO2 nas plantas e se observou um grande crescimento das mesmas, demonstrando assim a importância desse gás para os vegetais.
*) Erro: não é dentro de certos limites e sim o contrário, fora de certos limites.
CO2 um poluente? Socorro! Houve uma imbecilização planetária:
Então, vamos nos assentar à mesa para negociar limites de emissão de carbono?
Tá certo, nossos controles os impedem de botar fogo na Amazônia!!!
Silêncio!!!
Mais uma vez brilhante análise.
Nem a Greta aguenta mais essas Cops