O Corpo de Bombeiros localizou mais dois corpos em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, na madrugada desta quinta-feira, 3, depois dos deslizamentos e desabamentos provocados pelas chuvas de domingo 30.
Por volta das 4h, o corpo de um homem foi encontrado. E perto das 6h, o de uma criança de 10 anos. Agora são 13 o número de mortos. Cinco pessoas seguem desaparecidas.
Com isso, vai a 29 o número de mortos no Estado de São Paulo.
Buscas em Franco da Rocha continuam
Os bombeiros utilizam uma escavadeira de grande porte nas buscas.
No fim da tarde de quarta-feira 2, voluntários que estavam no local realizando o trabalho braçal de carregar os baldes de lama foram retirados.
Segundo os Bombeiros, como já se passaram mais de 72 horas da tragédia já é possível utilizar a máquina para ajudar nas buscas.
Governo de SP não usou verba para evitar enchentes
Os investimentos do governo de São Paulo para prevenir enchentes no Estado ficaram abaixo da previsão feita pelo próprio Executivo durante 11 anos.
Em três anos — 2015, 2016 e 2019, quando o Estado era governado por Geraldo Alckmin e João Doria, respectivamente —, o valor executado, ou seja, aquele efetivamente utilizado pelo governo, foi inferior à metade da verba aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Os anos com os cortes mais expressivos foram 2015 e 2016, período em que o país registrou uma profunda recessão econômica.
Bolsonaro visita áreas atingidas
O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta terça-feira, 1°, algumas das áreas atingidas pelas fortes chuvas em São Paulo — que já causaram a morte de pelo menos 24 pessoas até o momento.
Desde sexta-feira 28, os temporais deixaram um rastro de destruição em diversos pontos do Estado. Somente no município de Franco da Rocha, foram oito mortes. Dezenas de casas foram completamente destruídas, atingidas por uma série de deslizamentos, principalmente em encostas e áreas de risco.
“A visão é algo que nos marca. Em muitas áreas onde foram construídas residências, faltou obviamente alguma visão de futuro por parte de quem construiu. Bem como por necessidade também, as pessoas fazem nessas áreas de risco”, lamentou Bolsonaro, ao comentar a tragédia.