Duas vítimas que ficaram feridas nos ataques a escolas em Aracruz, no Espírito Santo (ES), na semana passada, receberam alta nesta segunda-feira, 28. Ambas estavam no Hospital Filantrópico São Camilo, em Aracruz.
Outras quatro mulheres, contudo, permanecem internadas em estado grave, sendo três adultas e uma adolescente de 14 anos, baleada na cabeça. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo.
O criminoso, de 16 anos, assassinou quatro pessoas e outras 12 ficaram feridas. Em depoimento à Polícia Civil, o atirador disse que agiu sozinho. No entanto, as autoridades não descartam a participação de outras pessoas no crime. No dia do ataque, ele usava roupas parecidas com as do Exército Brasileiro, além de um símbolo nazista no ombro.
Segundo a polícia, o criminoso vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e dez tentativas de homicídio qualificadas por motivo fútil. No sábado 26, ele foi encaminhado para o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo.
Entenda o caso
O crime ocorreu por volta das 9h30 da sexta-feira. Conforme a Secretaria de Segurança Pública, o assassino invadiu primeiro a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e, com uma pistola, atirou diversas vezes.
Em seguida, foi à sala dos professores e atirou novamente, matando três professoras. São elas: Maria da Penha Pereira de Melo, 48 anos; Cybelle Passos Bezerra, 45 anos; e Flavia Amoss Merçon Leonardo, 38 anos.
Na sequência, o criminoso deixou o local e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, onde assassinou a aluna Selena Zagrillo,12 anos. Não existem informações de quantos estudantes estavam nas duas instituições no momento do crime.
O agressor foi preso em casa cerca de quatro horas depois do ataque. A identidade dele não foi divulgada. A placa do veículo usado pelo criminoso estava parcialmente coberta, mas, mesmo com poucos números visíveis, foi possível identificar o endereço do atirador.
Segundo a polícia, o homem planejou o atentado por dois anos. O atirador era aluno de uma das instituições até junho deste ano.