A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira, 5, uma operação para desmantelar um esquema que manipulava eleitores a alterarem seu domicílio eleitoral de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, para o município de Itaguaí. Denominada Operação Nômade, a ação tem como objetivo cumprir seis mandados de busca e apreensão.
Além disso, a operação prevê o confisco de bens e valores que não condizem com a renda de um dos investigados. Segundo as autoridades, muitos dos eleitores cooptados eram menores de idade, o que agrava o caso.
A investigação foi solicitada pelo Ministério Público Eleitoral e revelou que um candidato a vereador, junto com seus cabos eleitorais, fornecia documentos de residência falsos aos eleitores. O grupo prometia recompensas financeiras em troca do voto.
Acusados quitaram dívidas eleitorais de cooptados, diz Polícia Federal
Os agentes identificaram que alguns dos investigados quitaram multas eleitorais dos eleitores cooptados, garantindo assim que estivessem em dia com a Justiça Eleitoral. Essa prática foi uma das várias irregularidades descobertas.
Além do crime de organização criminosa, os investigados poderão responder pelo crime de inscrição fraudulenta, com uso de documento falso, por oferecer vantagem ilícita em troca de voto e por corrupção de menores, já que muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade.
Operações contra crimes eleitorais
A Polícia Federal no Maranhão deflagrou na quarta-feira, 2, a Operação Funâmbulo, para desmantelar uma quadrilha que oferecia até R$ 40 mil em espécie para que candidatos opositores desistissem de concorrer nas eleições.
O grupo operava na cidade de Caxias, que possui cerca de 163 mil habitantes e fica a 365 quilômetros de São Luís. De acordo com as investigações, a meta do grupo era reduzir a quantidade mínima de candidatos registrados no partido adversário.
Já no dia 26 de setembro, a Polícia Federal fez uma operação contra um grupo acusado de tentar interferir nas eleições municipais de Bagé (RS). A ação, realizada em parceria com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, resultou na prisão de três pessoas.
Os agentes desencadearam a operação depois de um tiroteio interromper um comício do Partido dos Trabalhadores (PT). O evento ocorreu no bairro Cohab, em 15 de setembro. Ninguém ficou ferido durante os disparos.
Além das prisões, as autoridades cumpriram 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Bagé e Santa Maria, além da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Os policiais descobriram que uma facção criminosa apoiava a campanha de uma candidata específica, cujo nome está sob sigilo.
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