O senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do Centrão no Congresso, declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro na campanha pela reeleição em 2022. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 24, o parlamentar — que fez críticas ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e apontou o que considera erros do governo — reiterou que estará ao lado de Bolsonaro na disputa do ano que vem.
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“Nós já declaramos que estaremos com o presidente nas eleições do próximo ano. Estamos totalmente engajados para que o mandato do presidente dê certo”, afirmou Nogueira. “O que acontece é que nós temos divergências. Nós somos parlamentares, somos representantes de uma população que vive em um país continental. Então, não existe nenhum tipo de subserviência.”
O presidente nacional do PP disse que Bolsonaro “tem acertado muito”. “Nunca nós tivemos um governo federal que desse tanto suporte à população como o que vimos ano passado”, elogiou, ao citar o auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19. “Também nunca tivemos nada parecido [com a pandemia]. Um suporte tão grande à nossa rede hospitalar, criação de leitos de UTI… Foi muito importante.”
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Nogueira também falou sobre o pronunciamento de Bolsonaro na noite de terça-feira 23, exatamente sobre as medidas do governo federal para enfrentar a covid-19. “A fala do presidente foi muito importante. Não vejo outra alternativa para o país e para o mundo a não ser a imunização da população. Só dessa forma venceremos a pandemia”, avalia. “Eu acredito que agora, com a chegada de um novo ministro [Marcelo Queiroga] experiente, um homem muito gabaritado para essa função, nós teremos uma resposta rápida do governo federal para que a população seja imunizada rapidamente.”
Críticas a Araújo
O senador voltou a criticar o chanceler Ernesto Araújo, que, segundo ele, precisa mudar sua conduta “rapidamente” para continuar no cargo. “Eu sou crítico feroz do Ministério das Relações Exteriores. O ministério, neste momento da pandemia, não ajudou o país”, disse Nogueira. “Nós precisávamos de um Ministério das Relações Exteriores mais proativo, que nos ajudasse nessas tratativas para adquirir vacinas. E a pasta, principalmente com a sua postura contra a China, não ajudou. Eu até chego ao ponto de dizer que atrapalhou.”
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