A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) abriu uma investigação sobre a morte de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão. Aos 45 anos, ele sofreu um mal súbito durante banho de sol no Complexo Penitenciária da Papuda. O homem estava preso preventivamente por participação nos protestos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
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A Seape-DF informou que “está apurando as circunstâncias” da morte no âmbito administrativo. O procedimento vai verificar, por exemplo, se houve infração disciplinar de algum servidor da Papuda.
A Secretaria de Administração Penitenciária também registrou na Polícia Civi um boletim de ocorrência sobre a morte do detento. “As autoridades foram imediatamente comunicadas”, informou a pasta.
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Clezão foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por causa do protesto do 8 de janeiro. Em depoimento, ele negou envolvimento em atos de vandalismo. Também relatou problemas de saúde, como vasculite no coração, uma inflamação da parede dos vasos sanguíneos. Ele também sofria de diabetes e hipertensão.
Ao pedir a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como uso de tornozeleira, a defesa de Clezão alertou para a “saúde debilitada”, por sequelas da covid-19. Um laudo médico foi anexado ao processo, com a indicação de “agilidade na resolução” do caso e do risco de vida do homem, que, segundo advogado, era “arrimo de família”.
“Em função da gravidade do quadro clínico, risco de morte pela imunossupressão e infecções, solicitamos agilidade na resolução do processo legal do paciente”, afirma trecho do laudo, sobre o estado de saúde de Clezão. “Até pelo risco de nova infecção por covid, que pode agravar o estado clínico do paciente.”
PGR havia pedido ao STF a soltura de Clezão
A PGR havia enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 1º de setembro, um parecer favorável à soltura de Cleriston. Relator no STF das ações relacionadas ao 8 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes não chegou a analisar o documento do Ministério Público.
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Na segunda-feira 20, depois de informado sobre a morte de Clezão, Moraes pediu informações da administração do presídio. O magistrado solicitou, inclusive, cópia do prontuário médico e relatório dos atendimentos recebidos por Cleriston na Papuda.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
O SATANAS ESTA FINGINDO PREOCUPACAO, ATE QUE A COISA ESFRIE.