Justiça autoriza 'saidinhas' para homem que planejou atentado no Aeroporto de Brasília

A Justiça do Distrito Federal autorizou saídas temporárias (também conhecidas como “saidinhas”) para George Washington de Oliveira Sousa. Ele foi condenado por planejar um ataque a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília em 2022.

Desde maio, ele cumpre pena em regime semiaberto, depois de uma sentença de nove anos e oito meses em outubro do ano passado. A decisão foi tomada pela juíza Francisca Mesquita da Vara de Execuções Penais, na quinta-feira 17.

As saídas temporárias ocorrerão em datas definidas por portaria da Justiça, com as próximas previstas para 21 a 25 de novembro e 23 a 27 de dezembro, durante o feriado de Natal.

Para manter o benefício, George deve seguir regras rigorosas, como não estar envolvido em inquéritos disciplinares por faltas graves e não ter cometido infrações médias nos últimos três meses. O presídio é responsável por verificar o cumprimento dessas condições.

Condições para manutenção das ‘saidinhas’

Se qualquer condição for descumprida, os benefícios externos serão suspensos. A condenação de George, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo ocorreu em outubro do ano passado.

Eles foram considerados culpados por planejar um atentado a bomba no aeroporto em 24 de dezembro de 2022.

George também perdeu suas armas de colecionador, pois era registrado como CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador).

Relembre o caso

O incidente ocorreu na manhã de 24 de dezembro de 2022, quando uma denúncia anônima alertou as forças de segurança sobre um pacote suspeito em um caminhão-tanque no aeroporto.

Na ocasião, eles tentaram explodir uma bomba num caminhão de combustível com 63 mil litros de querosene de aviação. Inicialmente, a pena foi cumprida em regime fechado. George recebeu nove anos e oito meses de reclusão e 55 dias-multa, enquanto Alan foi condenado a cinco anos e 17 dias-multa.

A operação para desativar o explosivo envolveu o Corpo de Bombeiros, as Polícias Militar e Civil, além da Polícia Federal e do esquadrão antibombas. George Washington foi identificado e preso no mesmo dia do incidente.

Em depoimento, George afirmou que o atentado tinha como objetivo chamar a atenção para um acampamento no Setor Militar Urbano, em Brasília. Alan Diego se entregou à polícia em janeiro de 2023.

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