A Justiça de São Paulo condenou, na noite de segunda-feira 21, dois irmãos acusados de roubar, matar e queimar uma família em janeiro de 2020, na região do ABC Paulista. Os criminosos confessaram o crime, que contou com participação da filha das vítimas.
As penas somadas chegam a 121 anos e, inicialmente, serão em regime fechado. As condenações individualizadas ficaram assim:
- Juliano Oliveira Ramos Júnior: 65 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado; e
- Jonathan Fagundes Ramos: 56 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão em regime inicial fechado.
As vítimas do triplo homicídio foram Flaviana de Meneses Guimarães, de 40 anos, Romuyuki Veras Gonçalves, de 43, e Juan Victor Meneses Gonçalves, de 15. A família foi encontrada carbonizada no porta-malas de um carro, deixado em estrada rural de São Bernardo do Campo (SP). O crime ocorreu em janeiro de 2020.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo afirma que cabe recurso aos dois irmãos condenados, mas os dois devem permanecer presos.
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Durante a confissão em julgamento, Juliano e Jonathan afirmaram que, depois de não encontrarem o dinheiro pretendido, concordaram com a ideia de matar a família, dada pela filha de Romuyuki e Flaviana, Anaflávia.
Outras condenações
A filha do casal e irmã do adolescente assassinados, Anaflávia Martins Gonçalves, foi acusada pela morte dos seus pais, mas não de seu irmão, e condenada, em junho, a 61 anos, cinco meses e 23 dias de prisão, em júri popular ocorrido no Fórum de Santo André (SP).
Ainda em junho, a Justiça condenou também a namorada de Anaflávia, Carina Ramos de Abreu, e Guilherme Ramos da Silva, amigo dos irmãos Ramos.
Familiares se mostraram insatisfeitos com a decisão, a avó da jovem, por exemplo, esperava que a neta recebesse uma condenação maior. O advogado contratado pelos parentes de Romuyuki e Flaviana entrou com recurso para que a irmã do adolescente seja julgada novamente pelo assassinato do irmão.