Um dos signatários do abaixo-assinado que pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou que a pressão da opinião pública e da sociedade brasileira pode ser determinante para o afastamento do magistrado. As declarações foram dadas durante entrevista ao jornalista Augusto Nunes, colunista de Oeste e apresentador do programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, na segunda-feira 15. O programa também contou com a participação de Guilherme Fiúza, que integra o time de colunistas de Oeste, e de Paula Leal, editora da revista.
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Até o momento, segundo o senador, já são mais de 2 milhões de assinaturas favoráveis ao impeachment de Moraes. “Agora a gente apresenta para o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco], ele é obrigado a aceitar e manda para a advocacia do Senado Federal. Ela vai autorizar, eu já sei, aí nós vamos até o ministro Luiz Fux [presidente do STF]. Creio que não tem como desta vez não colocar no plenário. Que medo é esse de colocar no plenário? Qual é o medo? Vamos enfrentar. Esse ser [Moraes], para mim, é desprezível e vulpino”, disse Kajuru.
De acordo com o parlamentar, a atuação de Moraes como secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo “já era motivo de CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]. “Depois ele virou ministro da Justiça do Michel Temer; ali o governo Temer era um caldeirão de corrupção. De repente, esse homem chega ao STF e foi cometendo erro um atrás do outro, especialmente o da arrogância, que é um preço lamentável”, criticou. “Arrogância, para mim, é o maior defeito de uma pessoa. A pessoa não pode achar que é mais importante que o cargo. Os erros dele foram claros, factuais e foi fácil fazer o embasamento, juridicamente, para pedir o impeachment dele. A população brasileira pode provocar o primeiro impeachment da história do Brasil [no STF].”
Eleições de 2022
Na entrevista, Kajuru também traçou um prognóstico sobre as eleições presidenciais de 2022. Para o senador, o presidente Jair Bolsonaro é o favorito. “Hoje não tem como discutir esse assunto. O presidente Bolsonaro vence a eleição. Vai depender só da questão da vacinação, do auxilio emergencial, ele não concordar com o Paulo Guedes. Ele vai ter que peitar o Paulo Guedes, isso é fundamental daqui para a frente”, afirma.
Para Kajuru, mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispute a eleição do ano que vem, suas chances de vitória são remotas. “A mancha é muito forte. O PT antes tinha 30% sagradamente, nas hoje não tem.”
Chegou a hora das máscaras caírem!!!
Desta vez vamos separar os senadores entre covardes e corajosos!
Precisas, incisas e concisas, e sem necessidade de retoques, são as declarações desse honroso senador, que resume o pensamento e o anseio de toda sociedade brasileira – consciente e informada -, de que não dá mais para admitir termos representantes de Poderes com atitudes nada republicanas e dignas de respeito. E como ele bem diz, nada de medo, de susto: em 1992, nunca tínhamos tido antes, também, a votação para o impeachment de um presidente da República, e aconteceu! por que não poderemos, agora, e com larga margem de razões, fazer o mesmo contra um ministro, abusado e despreparado, do STF? O Brasil mudou, e precisa mudar mais ainda. Para melhor, é claro!