A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) processou o ator e apresentador Márcio Garcia por causa de um vídeo que ele divulgou em suas redes sociais recentemente.
Na publicação, o apresentador critica o consumo de leite de vaca no Brasil e aponta maus-tratos ao animais. O vídeo é uma parceria com a organização Mercy for Animals (MFA).
No processo, a Abraleite pede uma indenização no valor de R$ 100 mil por danos morais coletivos contra a classe. Segundo a instituição, a publicação é uma “fake news” que prejudica a atividade de produção de leite no país.
A associação também deduziu que a divulgação do vídeo pode influenciar as pessoas, visto que o apresentador tem quase dez milhões de seguidores nas redes sociais.
Marcio Garcia publicou um vídeo de retratação
Em 30 de agosto, o apresentador publicou um vídeo de retratação, dizendo que sua intenção não foi generalizar os produtores de leite, mas apontar situações de abusos dos animais e conscientizar a população.
“A minha intenção ao participar desse vídeo, sem absolutamente nenhum cachê, foi unicamente chamar a atenção para um assunto muito sério, que está afetando animais indefesos em determinadas circunstâncias”, explicou ele. “Nunca tive nenhuma intenção de generalizar esses casos ou atacar um segmento pelo qual tenho muito respeito.”
Garcia diz que recebeu informações e assistiu aos vídeos que a MFA lhe apresentou onde uma investigação indicava que os animais estavam sofrendo maus-tratos. Ele revela que o conteúdo das imagens o comoveu e que, ao divulgar o material em suas redes sociais, nunca teve a pretensão de desacreditar do trabalho dos produtores de leite.
“Entendo que os produtores de leite se sensibilizaram com o conteúdo do vídeo”, conta o apresentador. “Então, quero reiterar que meu objetivo nunca foi desacreditar do trabalho deles e muito menos estigmatizar um setor que é tão importante para o país.”
Não deixa de ser uma situação complexa. Mas atirar em alguém e depois, candidamente, pedir desculpas é bonitinho mas meio ordinário, né não?