Um grupo de médicos denuncia irregularidades, parcialidade e falta de transparência no processo eleitoral do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Na segunda-feira 14 e na terça-feira 15, o Cremesp escolhe seus titulares e suplentes para a gestão 2023-2028.
Médicos consultados por Oeste alegam que chapas contrárias ao establishment têm sofrido boicotes e empecilhos no processo de inscrição.
Integrantes da atual gestão, liderada pela Chapa 1, dizem sofrer boicote de opositores. Essa conduta configuraria uma afronta ao processo eleitoral.
“Essas práticas invabilizam as campanhas das chapas conservadoras, enquanto as chapas progressistas conseguiram de imediato o aval para divulgar suas ideias”, disse uma fonte, em caráter reservado.
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Entre os problemas relatados pelos profissionais estão:
- 1) Impedimento de registro das chapas, mesmo com a entrega dos documentos exigidos, dentro do prazo e seguindo os critérios determinados pela norma que rege as eleições de 2023; e
- 2) Ausência de argumentação técnica para indeferimento dos registros das respectivas chapas.
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Por esse motivo, os médicos denunciam “a veiculação de informações falsas e tendenciosas” contra apoiadores da atual gestão. Eles dizem sofrer preconceito por adotarem posições conservadoras.
Os médicos relatam ainda que os integrantes da Chapa 1 são ameaçados de ter seus direitos de campanha suspensos.
O que é o Cremesp?
Trata-se do maior Conselho de Medicina da América Latina, com 140 mil inscritos em São Paulo e mais de 500 mil em todo o país. O orçamento anual é de centenas de milhões de reais.
Os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) espalhados pelos Estados do Brasil e pelo Distrito Federal terão, pela primeira vez, uma votação pela internet.