O prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), ligou nesta quinta-feira, 31, para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para reclamar da ação de vereadores paulistanos que fizeram uma visita surpresa à nova sede da Uber, como parte dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as empresas de transporte pessoal por aplicativo. Osasco, na Grande São Paulo, tem 700 mil habitantes e está entre as dez maiores cidades paulistas, num ranking liderado com folga pela capital, com mais de 12 milhões de habitantes.
A Uber tem cerca de 550 mil motoristas cadastrados em São Paulo. No ano passado, transferiu para Osasco sua sede, chamada de Uber Campus. Com isso, vai pagar menos Imposto Sobre Serviço (ISS): 2% em vez de 5%. Na CPI, em novembro do ano passado, a Uber afirmou que, entre 2014 e 2020, pagou ao município de São Paulo R$ 584 milhões de ISS.
Guerra fiscal e de declarações. Disse o prefeito de Osasco à Folha de S.Paulo: “Torço para que São Paulo vá bem, não estamos em guerra com São Paulo. Se uma empresa de Osasco se mudar para lá, eu jamais vou tumultuar. O pessoal tem que saber perder também, né? Tem que respeitar.”
Respondeu o prefeito de São Paulo: “Lamentável a atitude da empresa, com isso a população de São Paulo e a de Osasco perdem, só ela ganha aumentando seus lucros. É importante o trabalho da CPI para apurar possível crime tributário.”
Guarda Civil na Uber
A visita surpresa à sede da Uber em Osasco ocorreu na terça-feira 29. Estiveram no local os vereadores paulistanos Adilson Amadeu (União Brasil), presidente da CPI dos Aplicativos, Luana Alves (Psol), Marlon Luz (MDB) e Sidney Cruz (Solidariedade). Equipes da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo acompanharam as diligências, fato que deixou ainda mais irritado o prefeito de Osasco, Rogério Lins.
“Liguei para o prefeito Ricardo Nunes, entendo que não é decisão dele, mas a tratativa dos vereadores foi desrespeitosa. Vir com viaturas da GCM de São Paulo na nossa cidade, além da presença de imprensa, numa empresa que gera empregos.”
A resposta da prefeitura de São Paulo veio numa nota da Secretaria de Segurança Urbana. A explicação foi que a GCM atua de acordo com a lei; e que acompanhou os vereadores a pedido da Câmara Municipal, “a fim de cumprir a entrega de intimação em endereços de caráter sigiloso na região de Osasco”.
Evasão fiscal
O vereador Adilson Amadeu, de São Paulo, declarou que a visita está amparada juridicamente. Segundo o presidente da CPI dos Aplicativos, uma empresa que presta serviços na cidade de São Paulo e opta por fazer toda a sua contribuição tributária num município vizinho, estimulada por incentivos tributários, tem de responder pelos seus atos e indícios de evasão fiscal.
O prefeito de Osasco retrucou. “Imagina se virar moda vereadores de Osasco irem fiscalizar empresas em São Paulo. Existe um questionamento jurídico, inclusive. A Uber é só mais uma delas [a mudar para cidade], assim como a 99, o Mercado Livre, o iFood, a Rappi, a B2W Digital. Grandes empresas escolheram a nossa cidade não à toa, fazem estudos.”
A Uber disse em nota que, “desde que chegou ao país, mais de R$ 68 bilhões foram repassados aos parceiros que geram renda pela plataforma e, somente em São Paulo, mais de R$ 1 bilhão foram pagos em taxas e tributos”. Segundo a Uber, a sede de 33 mil metros quadrados em Osasco deverá ser inaugurada até o fim do ano; e enquanto isso funciona o modelo de trabalho híbrido com um prédio alugado.
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Políticos só pensam naquilo: as empresas e o povo que lhes paguem as lagostas! Como pode um prefeito de ‘erda de um município alegar que uma empresa legalmente estabelecida em outro tenha que recolher os impostos para o primeiro? Se o imposto fosse estadual ou federal, ok (mesmo sendo todos os impostos uma forma de roubo legalizado). Por que aliás São Paulo não reduz de 5% para 2% ou menos, incelença? Isso nem pensar, não é? Medíocre!
Os ladrões da “cama” municipal em vez de reduzir impostos para melhorar a qualidade de vida do povo, quer fiscalizar os municípios vizinhos.
Coisa de vagabundos. PSDB, MDB e pt desgovernaram sao paulo. PCC tomou conta, nóias em todos os lugares.
SAMPA ESTA ENTREGUE AOS NÓIAS…mendicância em SAMPA é uma atividade super lucrativa. Tá vindo nóias de tudo quanto é canto do país e do mundo.
Tem nóias Sul Africano BoEr, Tem nóia ingles e cheio de italianos nas invasões dos afrodescendentes no centro.
RICARDO NUNES, HADDAD, BOLULOS, bruno covas …FIZERAM DE SAMPA UM lixo
Configura “crime tributário “??? Nos EUA o povo muda de cidade, ou, Estado e vida que segue. Aqui tem sempre o mimimi. São Paulo, Rio e Bahia estão entre os que cobram maiores impostos, o Rio perdeu a maioria das empresas, assim como o Brasil num todo e não fazem nada. Estas câmaras legislativas vivem dando prejuízo aos estados e municípios, aí o gestor incompetente, aumenta os impostos para “caber” o orçamento. Aqui no Rio teve prefeito de município que saiu e levou TODOS os computadores… Qual será a razão?
Ah! é por isso que a prefeitura de São Paulo não tem grana para tapar os buracos?
TEM GRANA SIM;;;gasta tudo com mendicância…SÃO MAIS DE 200 MILHÕES DE REAIS ANO..
Tudo devidamente roubado por ONGs de entrega de marmita… super faturado.