Depois de ser dada como morta, uma mulher foi encontrada viva no necrotério do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, capital de Santa Catarina. A cena, inusitada, ocorreu no último sábado, 25.
Ao entrarem no necrotério, funcionários de uma funerária viram que a mão de Norma Silveira da Silva, de 90 anos, estava para fora do saco. Depois de perceberem que o corpo da mulher estava quente, os funcionários a encaminharam para o setor de reanimação.
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O filho de Norma, Renato Godoy, disse que sua mãe continuou sem os equipamentos de saúde indicados pelos médicos, mesmo depois de ser reanimada. Em razão da falta de aparelhos, Norma não resistiu e morreu depois de 30 horas da falsa declaração de óbito.
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O deputado estadual Sérgio Guimarães (União-SC) publicou um vídeo no Instagram ao lado do filho e de uma amiga da família. Na publicação, relatou como foi o ocorrido.
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“Fiz a papelada, chamei a funerária e, quando cheguei em casa, me ligaram e disseram que a minha mãe estava viva”, contou o filho de Norma.
“Ela estava respirando fraquinho”, disse Jéssica Martins Pereira, amiga da família. “Os médicos correram para reanimá-la, chamaram o filho e falaram um monte de desculpas que a gente, no fim, não entendeu nada.”
Secretaria de Saúde de Santa Catarina apura o caso
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Santa Catarina informou que apura a situação que envolve a morte de Norma.
“A direção do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José, comunica que a paciente encontrava-se em tratamento paliativo dentro da nossa unidade”, informou a unidade de saúde. “Informamos que foi aberto um processo de sindicância para apurar as responsabilidades diante do fato e notificado o Comitê de Ética Médica e à Comissão de Óbito.”
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