Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido nesta sexta-feira, 28, pela RedeTV!, o médico infectologista Francisco Cardoso, que integra o comitê de enfrentamento da covid-19 no Rio de Janeiro, criticou o lockdown e as restrições determinadas por prefeitos e governadores para tentar conter a disseminação do novo coronavírus no país.
Segundo ele, não será o lockdown que controlará a pandemia ou evitará uma possível terceira onda de propagação do vírus.
Leia mais: “‘Empresário tem mais medo do decreto do que da doença’, diz ministro do Turismo”
Silvio Navarro, editor-executivo de Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista, participaram da entrevista. O programa é apresentado por Luís Ernesto Lacombe e também conta com a participação da jornalista Amanda Klein.
“[O lockdown] Não deu certo, não dará certo e continua não dando certo”, afirmou Cardoso. “Quantos lockdowns o prefeito de Ribeirão Preto precisa fazer até descobrir que isso não vai dar certo para conter a pandemia? Não é com lockdown que você controla uma pandemia que circula pelo ar”, completou.
Autonomia médica
Durante a entrevista, Cardoso — que participará da sessão de quarta-feira 2 da CPI da Covid no Senado — também defendeu a autonomia médica para o tratamento de pacientes com covid-19.
“Pretendo abordar [na CPI] a importância da autonomia médica na decisão clínica junto ao paciente”, afrimou. “Estamos vivendo uma era em que juízes, jornalistas e políticos estão se intrometendo na prescrição médica. Isso não está certo. O resultado disso, normalmente, é morte. Precisamos deixar os médicos trabalharem em paz.”
Leia também: “RN, PE e PR são alvos de ação da AGU no Supremo contra o lockdown”
O infectologista também classificou como natural a lentidão da vacinação em diversas partes do mundo, já que se trata de um desafio inédito na história da humanidade. “É a primeira vez na história em que estamos fazendo uma vacinação em massa no meio de uma pandemia. Uma vacinação lenta, naturalmente, porque são 7 bilhões de pessoas.”
Leia também: “Bolsonaro: ‘pânico e caos’ são promovidos por quem quer ‘retomar o poder’”
Concordaria com um Lockdown geral , lá no início, pois bem , este não ocorreu. Há vejo que um lockdkwn nada mais é o que a arma do gestor incompetente e covarde, que não soube enfrentar os riscos existentes.
O lockdown significa, na verdade, o seguinte: como eu governador não preparei corretamente os hospitais ( alguns até embolsaram recursos da saúde) e agora não há vagas, MORRA EM CASA !!