O núcleo da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) do Paraná denunciou 11 pessoas — entre as quais ex-funcionários da Petrobras e do Banco Paulista — pelos crimes de corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro que geraram um prejuízo de mais de R$ 95 milhões à estatal. A acusação é resultado das investigações da Operação Sovrapprezzo, que mirou um suposto esquema de manipulação artificial das taxas de câmbio nas operações entre o banco e a petrolífera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Procuradoria pede à Justiça Federal que condene os acusados também ao pagamento de danos morais em montante equivalente aos prejuízos causados à estatal. Segundo a denúncia, funcionários da Petrobras direcionavam o fechamento de contratos de câmbio para o Banco Paulista. “Para fazer isso, os funcionários públicos ou cotavam só com o Paulista, ou cotavam com o Paulista e com o Bradesco, sendo que participava da organização também um operador da mesa do Bradesco, que oferecia taxas piores do que o Paulista, para que este vencesse a concorrência”, afirma o MPF.
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De acordo com os investigadores, o sobrepreço nos contratos era dividido entre os integrantes da organização criminosa. O Banco Paulista fazia contratos fictícios com a empresa QMK Marketing, que devolvia, em espécie, o equivalente a 81% das notas fiscais.
Na Operação Sovrapprezzo, em setembro do ano passado, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Teresópolis e em São Paulo. A sede da Petrobras, no Rio, foi alvo das diligências.
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Com informações do Estadão Conteúdo