Nova geração em apuros: por causa do fechamento das escolas na pandemia, o número de crianças de 7 a 9 anos que não sabem ler e escrever dobrou no Brasil.
O analfabetismo entre as crianças de 7 anos saltou de 20,5% em 2019 para 40,3% em 2022. Entre as de 8 anos, saltou de 8,5% para 20,8%. Entre as de 9, o índice partiu de 4,4% para 9,5%. Os dados são do relatório Pobreza Multidimensional Na Infância e Adolescência de 2022 do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Mas o painel Educação em Foco: Virando o Jogo do 10º Fórum Liberdade e Democracia, do Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP), mostrou que o problema não começou em 2019. O evento, que está sendo realizado nesta sexta-feira, 20, na capital paulista, tem como tema “da pobreza à riqueza das nações”, assunto em que a educação é indispensável.
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“Atraímos os piores cérebros de uma geração para formar a próxima geração”, disse no painel Mario Ghio, presidente da Associação Brasileira dos Sistemas e Plataformas de Ensino (Abraspe) e diretor-presidente da Somos Educação. Hoje, os cursos de Letras, que formam professores de português, ou de outras disciplinas básicas, têm as notas de corte mais baixas do Enem e dos demais vestibulares.
Os cursos que formam professores estão recebendo muitos estudantes que não conseguem passar em faculdades mais concorridas, em vez de estarem cheios daqueles que têm vocação e vontade de ensinar às novas gerações.
Educação precisa de avaliação de desempenho dos professores
Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador da Mauá Capital e fundador e presidente do conselho do Instituto Fefig de Educação, Cultura e Esportes, estava no painel com Ghio e concorda com a constatação do colega. Ele acrescenta que, além de enfrentar a desvalorização, a carreira de professor também atrai muitas pessoas que desejam se acomodar com a estabilidade do serviço público.
Figueiredo mostrou em sua palestra que os professores da rede pública do Estado de São Paulo costumavam poder faltar em até 30% dos dias úteis. Em entrevista a Oeste, ele explicou que o governo do Estado vem implementando mudanças para diminuir essa taxa, mas que ela está ainda em torno dos 20%.
Ele acredita que a educação precisa de uma reforma administrativa, que institucionalize uma avaliação de desempenho. Assim, seria possível premiar os bons professores, e punir os que não cumprem suas obrigações adequadamente. O mérito de avaliação, segundo ele, deve ser medido na aprendizagem dos alunos.
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“Muitos professores do setor público querem mais direitos sem a contrapartida ou a obrigação de dar uma aula de qualidade para as crianças”, diz Figueiredo. “Existe uma ideologia muito forte na área da educação, mais pro lado socialista, onde todo mundo tem direito e não tem obrigações.”
O especialista acrescenta que hoje as crianças têm acesso à escola, quase que universalmente, mas não à escola de qualidade, principalmente no setor público. “O que a gente precisa pensar é: como podemos fazer para as crianças aprenderem mais do que elas estão aprendendo hoje? Estamos perdendo gerações por conta da má qualidade de educação”, afirma.
Que tal começar com a educação dos pais? Exigir um ensino der qualidade depende muito do “cliente”. Se um filho está indo mal na escola, é preciso buscar as razões EM CASA e depois nos “profissionais”, que de fato estão muito desqualificados. Se os pais exigirem disciplina e qualidade, os picaretas da educação não aguentam e caem. Mas se exigem facilidades para que o filho não seja reprovado ou punido, fica nas mãos dos picaretas. Simples assim!
Exatamente o que a esquerdalha quer e precisa. Milhões de analfabetos funcionais. É daí que vêm os votos que precisam. Nada a ver com pandemia, o sistema funciona há décadas!
Vão me desculpar,mas essa inutilidade cerebral já vem vindo de antes da pandemia.
A juventude está vazia,sem uma visão para o futuro, músicas sem sentido,sexo sem sentimento, é só quantidade sem qualidade.
Um futuro bem triste.
Poder judiciário, poder legislativo, poder executivo. Cadê o poder educativo… Enquanto na penumbra dos demais, continuará fumaça…
Eles estão com toda a razão.
Mas duvido que irão sensibilizar os Esquerdistas à la aulo Freire…
Ora, ora, ora: =>”Os cursos que formam professores estão recebendo muitos estudantes que não conseguem passar em faculdades mais concorridas, em vez de estarem cheios daqueles que têm vocação e vontade de ensinar às novas gerações.”<=.
Isso não é de agora!
Há mais de 50 anos já era notado o incremento de pessoal procurando cursos da área de humanas e bem menos os cursos da área tecnológica.
De outra forma, o mercado de trabalho veio se saturando com profissionais da espécie (comunicações, administração, direito, ciências sociais, …), o que levou, cada vez mais, a uma acirrada competição entre eles, onde a qualidade, infelizmente da população em questão, se viu sendo reduzida em seus profissionais.
Carecemos de eliminar tudo aquilo que Paulo Freire contribuiu ao substituir a instrução mínima de qualidade pela formação de pessoal nas práticas de militância política.
Não consigo ver luz no fim do túnel a curto-médio prazo, já que fomos efetivamente tomados por esses, pelos medíocres, com o indispensável apoio dos corruptos que, juntos à todos os demais marginais, por óbvio, farão de tudo para manter o establishment que lhes é conveniente.
Triste Brasil!
Absolutamente correto.