A Polícia Civil do Tocantins prendeu, na tarde de quinta-feira 21, o pastor Osório José Lopes Júnior. Ele é acusado de aplicar golpes em mais de 50 mil pessoas.
Segundo investigações, o homem, de 43 anos, liderava um grupo criminoso por meio das redes sociais. A quadrilha cometia crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos.
O pastor induzia as vítimas a investirem montantes em dinheiro e prometia a elas lucros milionários.
A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do Distrito Federal, coordenou a ação que levou à prisão de Osório.
Quem é o pastor acusado de aplicar golpes?
Até então foragido por aplicar golpe milionário em mais de 50 mil vítimas no Brasil e no exterior, o pastor responde a uma série de processos de estelionato. Carismático e com oratória afiada para usar passagens bíblicas com a intenção de reforçar um discurso de fé, ele ganhou fama e dinheiro nos últimos anos.
De acordo com as vítimas de Osório, o líder religioso morava em um condomínio fechado de Alphaville, condomínio de luxo que abrange áreas de Barueri Santana de Parnaíba, na Região Metropolitana de São Paulo.
No decorrer dos últimos nove anos, o pastor viajou país afora e, com a ajuda de sócios, captou novos investidores interessados em receber até cem vezes o valor aportado.
As vítimas, na maioria das vezes, eram fiéis de igrejas evangélicas, parentes e amigos próximos ao pastor. Em apenas um dos grupos criados no Telegram, usado para cometer os crimes, os golpistas tinham cerca de 8 mil “clientes”.
Pastor estava escondido em rancho no momento da prisão
O pastor estava escondido em um rancho e acompanhado de segurança particular no momento da prisão. A polícia o encontrou na zona rural de Sucupira, município da região sul do Tocantins. Ele não resistiu à prisão, e o segurança que o acompanhava não impediu as autoridades de prendê-lo.
A defesa de Osório informou que ainda não teve acesso aos autos e que precisa ver o fundamento da decretação da prisão para depois, provavelmente, solicitar a revogação.
Existe até malandro cego…