A Justiça do Paraná negou, pela segunda vez, um pedido de prisão domiciliar solicitado pela defesa do policial penal Jorge Guaranho. O policial é acusado de matar o petista Marcelo Arruda, durante uma troca de tiros, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Guaranho deve ser transferido ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, em Curitiba, nesta quarta-feira, 10.
Por ser baleado por Arruda, o policial estava internado no Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, mas recebeu alta no início da tarde de hoje. No início de agosto, o primeiro pedido de prisão domiciliar foi protocolado pelos advogados de Guaranho.
A justificativa era que a Justiça considerasse o estado de saúde do acusado. Entretanto, o magistrado Gustavo Germano negou o pedido e determinou que o homem fosse encaminhado ao complexo médico.
Já no pedido apresentado na terça-feira 9, a defesa argumentou que a unidade penal não possui estrutura necessária para comportar Guaranho. Conforme os advogados, o policial não consegue realizar diversas tarefas básicas sozinho.
No entanto, novamente o juiz indeferiu o pedido de prisão, afirmando que não existem provas de que o local não possui a estrutura necessária para receber o homem. Guaranho deve ficar em uma cela separada dos outros detentos, por ser policial penal.
O homem tornou-se réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, depois que o Ministério Público do Paraná o denunciou.
Em 9 de julho deste ano, por volta das 23 horas, Guaranho invadiu a festa e disparou contra o petista, que comemorava seu aniversário. Arruda sofreu dois disparos. Mesmo ferido, segundo relatos, ele conseguiu revidar e atingiu o agressor com um tiro na cabeça. O petista chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o início da discussão que levou à morte de Marcelo. Em um primeiro momento, Guaranho chega ao local da festa e grita em direção ao petista. Na sequência, Marcelo resolve atirar objetos contra o carro do agente penitenciário. Guaranho vai embora, mas volta tempos depois. Ele desce do carro, saca uma arma e dispara duas vezes contra o petista. Mesmo caído, Marcelo consegue reagir e ferir Guaranho. Por fim, um colega do petista chuta pelo menos quatro vezes a cabeça do agente penitenciário.