No Rio de Janeiro, a Polícia Civil deu início às investigações a fim de identificar quem são os criminosos que decidiram pela morte de quatro traficantes. Segundo os investigadores, esses criminosos mortos foram os responsáveis pelos tiros que atingiram quatro médicos na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, na madrugada de quinta-feira 5.
De acordo com a polícia, os corpos dos traficantes foram encontrados na madrugada de sexta-feira 6, também na zona oeste da capital fluminense.
Três médicos ortopedistas morreram baleados por criminosos
Na Barra da Tijuca, três médicos especialistas em ortopedia morreram em decorrência dos tiros disparados pelos criminosos. De acordo com a principal linha de investigação policial, um deles foi confundido com um miliciano. O quarto médico baleado, porém, encontra-se internado em um hospital particular — seu estado de saúde é considerado estável.
Relação com o Comando Vermelho
As autoridades suspeitam de que a execução dos criminosos que assassinaram os médicos foi ordenada por traficantes do Comando Vermelho. Os integrantes do grupo criminoso carioca reuniram-se no Complexo da Penha, zona norte do Rio, onde realizaram uma videoconferência com outros criminosos presos no complexo penitenciário de Gericinó, localizado na zona oeste carioca.
Ordem para matar
Os investigadores da Polícia Civil suspeitam de que dentre os integrantes do grupo criminoso que participaram da decisão estão Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o “Abelha”; e Edgar Alves de Andrade, o “Doca”. A dupla criminosa é apontada pela polícia local como chefes da facção nas ruas e comunidades dominadas pela organização.
Aperto de mão
“Abelha” deixou a prisão em julho de 2021. Na saída, o criminoso foi flagrado apertando a mão do então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro. Segundo os investigadores da polícia, o bandido tem sido responsável pelas decisões estratégicas da facção criminosa no Rio de Janeiro.
Como seu braço direito, de acordo com a polícia, está o traficante Edgar Alves de Andrade, o “Doca”. O criminoso é apontado como quem deu a palavra final para a morte do traficante Philip Motta Pereira, o “Lesk”, suspeito de agir como mentor do ataque aos médicos.
Na sexta-feira 6, Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, comentou em entrevista à GloboNews sobre a hipótese de chefes da facção terem ordenado a morte dos criminosos suspeitos do assassinato dos médicos.
“O Brasil possui lei, possui regras. Tem um Estado de direito que precisa e será respeitado. Não tem cabimento a gente dizer que organizações criminosas comentem um crime e elas mesmas resolvem esse crime”.
E segundo Cláudio Castro, governador do Estado do Rio de Janeiro, as investigações para identificar os criminosos permanecem.
Brasil já é um narcoestado?
Me parece a caminho!
Um certo partido político solicita intervenção do judiciário (STF) para coibir a PMERJ de atuar nos morros e com isso, o tráfico se fortalece, graças a essa intervenção. Agora esse mesmo tráfico, expande a sua área de atuação em disputa com outros grupos de marginais, os milicianos e, ainda não se sabe por que, executaramm alguns médicos que estavam fazendo uma pausa entre conferências de um congresso sobre ortopedia. Porém um dos executados pelos traficantes é um irmão de uma deputada muito atuante (PSOL) do mesmo partido que fez o pedido ao judiciário. O círculo se fechou de uma forma perfeita. Que irônico, não?
O fato deixa claro que a cidade do Rio de Janeiro como está não deve mais ser foco de congressos ou eventos que trazem pessoas para a cidade. O Rio foi comido por dentro com a anuência dos governos, legislativo, e judiciário em todos os níveis que vai até a suprema corte. Muitos são os que ganham com o tráfico e outras malversões. O efeito colateral é a insegurança dos cidadãos e visitantes.