O professor Luciano Ribeiro Bueno, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foi demitido por ter praticado assédio sexual contra uma estudante.
Bueno integrava o Departamento de Economia da UEPG e foi desligado da instituição, depois da conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). O professor era chefe-adjunto do Departamento de Economia, com salário superior a R$ 10 mil.
Entre 2016 e 2020, Bueno atuou como chefe do Departamento de Economia da UEPG. O contato do professor com a aluna começou em 21 de julho de 2022. Ele enviou duas mensagens no WhatsApp dela e, em seguida, apagou os envios.
Como o professor da UEPG praticou assédio sexual
Depois, o professor enviou novas mensagens, nas quais perguntou por que a estudante não estava indo à aula. Ele informou que a aluna tirou nota baixa, mas que poderia fazer um trabalho para melhorá-la. O docente disse que poderia enviar as perguntas do trabalho pelo aplicativo de mensagens.
À noite, Bueno retomou o contato. Ele perguntou se a estudante queria receber as questões. Sem resposta, disse que a aluna o deixava excitado.
“Você sempre olha nos meus olhos”, disse o professor. “Olha o status. Vai gostar. Vai querer a chance? […] Deixa prof de r**a dura. Vamos sair? O que quer? Vamos marcar?”. A aluna respondeu meia hora depois, pedindo que o professor confirmasse sua identidade em áudio.
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Bueno enviou um áudio e comprou sua identidade. Ele pediu novamente que a aluna olhasse seu status do WhatsApp. Ali, o professor publicou uma foto de seu órgão genital, que poderia ser vista por qualquer usuário com seu contato salvo.
Depois de confirmar a identidade do professor, a aluna perguntou “em que momento” deu abertura para as investidas sexuais do docente.
A Justiça entra em cena
O relatório do processo mostrou que Bueno cometeu assédio sexual por meio de mensagens escritas, áudios e vídeos em julho do ano passado.
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A aluna denunciou o assédio à Ouvidoria da UEPG. A demissão de Bueno foi publicada em 9 de agosto, no Diário Oficial do Paraná.
Em uma das mensagens, o professor perguntou o que a estudante queria ganhar para ter relações sexuais com ele. “O que você quer? Diga aí”, escreveu.
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De acordo com o site G1, a defesa alega que o professor estava com problemas psicológicos, como “transtorno depressivo grave e síndrome de Burnout”.
As advogadas dizem que os transtornos o levaram a “interpretar equivocadamente as mensagens trocadas com sua aluna fora do ambiente de sala de aula”.
A aluna não quis se manifestar sobre o caso.
Bueno disse apenas que “já está tudo resolvido”. Ele era professor colaborador da UEPG desde 2003. Em 2012, foi admitido como professor de carreira. Recebeu seu salário integralmente enquanto as investigações estavam ocorrendo.
Conheci vários professores que se aproveitavam de sua condição para assediar alunas. Muito raro acontecer alguma coisa com esses abusadores, pois seus colegas professores, por corporativismo, protegem esses pedófilos.
A sindrome do pedofilo é falta de uma boa surra. Incrivel como temos jumentos nessas universidades.