O Ministério das Relações Exteriores informou em nota à imprensa na última sexta-feira, 4, que os representantes do governo da Venezuela passam a ser considerados personae non gratae. O termo em latim significa que o corpo diplomático ligado ao governo Maduro não é mais bem-vindo em solo brasileiro.
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Tecnicamente, os diplomatas venezuelanos não serão expulsos do país. Desde maio, os funcionários da ditadura venezuelana não podem ser forçados a sair do Brasil, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. O ministro acatou pedido do deputado Paulo Pimenta (PT) para que eles possam continuar no país durante a pandemia. Todavia, com o anúncio do Itamaraty, se optarem por permanecer no Brasil, os funcionários do governo Maduro perderão os privilégios e imunidades correspondentes à função em território brasileiro.
Relações cortadas com o governo Maduro
O governo brasileiro não reconhece Maduro — o herdeiro político de Hugo Chávez — como legítimo representante do povo venezuelano. Maduro é acusado de perseguir, mandar prender e matar opositores, além de fraude na últimas eleições. Junto com outros 11 países que integram o Grupo de Lima, reunião de chanceleres criada para abordar a crise política venezuelana, o Brasil reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, que tenta se firmar no poder desde 2019.
Representantes do regime ilegítimo da Venezuela no Brasil: https://t.co/4ix9By2hNk pic.twitter.com/gNgZylfe5z
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) September 4, 2020
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