O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, 21, que o governo federal ainda está analisando a necessidade de uma nova vacinação contra a covid-19 no ano que vem — ou se bastará apenas uma dose de reforço para a população brasileira.
As declarações do ministro foram dadas durante sua participação na comissão especial criada no Senado para tratar da pandemia de covid-19.
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“Ainda não temos todas as respostas, todas as evidências científicas a esse respeito, se será necessário fazer uma nova vacinação como hoje, com duas doses, ou se apenas precisaremos do reforço”, disse Queiroga. “Já traçamos um panorama para o ano de 2022. Nesse sentido, além da Fundação Oswaldo Cruz [Fiocruz] ter capacidade plena para produção da vacina com Ingrediente Farmacêutico Ativo [IFA] nacional, estamos em negociações com farmacêuticas, como a Pfizer e a Moderna, para usar esses agentes no ano de 2022, se for o caso de fazermos um reforço”, completou.
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Não sei se posso indicar links do Youtube aqui, por isso vou apenas citar referências a duas entrevistas. A primeira foi uma entrevista a Helio Beltrão em 04 de abril de 2020, quando pouco se sabia sobre qualquer coisa: “HIDROXICLOROQUINA com Dr. Paolo Zanotto (USP) e Dr. Pedro Batista (Prevent Senior)”, com 1 h e 44 min de duração teve 201 mil visualizações. A segunda, 14 meses depois, foi em 15 de junho de 2021 na Rádio Bandeirantes: “Para o virologista Paolo Zanotto, o tratamento precoce da covid foi demonizado no Brasil”, com 50 min de duração teve 148 mil visualizações. Nesta última, o bom entendedor concluirá que estaremos dependentes das vacinas atuais por muito tempo. Não vou propor outras conclusões. Recomendo, fortemente, esta segunda entrevista, que apesar de ser um trabalho jornalístico, traz uma abordagem altamente científica sobre o vírus e sobre as vacinas.
E a coronavac ? Tenho observado algumas matérias jornalísticas criticando a escolha de vacina por parte da população. Inclusive, vi uma reportagem na CCN Brasil na qual uma pessoa buscava a vacina da Pfizer e outra a coronavac porque tinha receio de tomar a Astrazeneca. Já, na Band News, ao final da matéria, a âncora do jornal dá a entender que as pessoas estão refutando a Astrazeneca. Mas não é bem assim, pois, recentemente, em três postos de vacinação na zona sul/oeste da cidade de São Paulo não havia fila para vacinação. Zero fila. A vacina disponível era a Coronavac. Ao que tudo indica parte da imprensa não quer divulgar esses fatos, ou seja, que pessoas estão deixando mesmo de tomar a coronavac.