O Ministério da Saúde decidiu manter o intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda doses das vacinas contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech e da Oxford/AstraZeneca. A decisão foi tomada depois da avaliação do grupo técnico que assessora o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A medida deve ser oficializada em documento técnico que será enviado a Estados e municípios nos próximos dias. Algumas unidades da federação, como o Rio e o Distrito Federal, haviam anunciado que diminuiriam o intervalo entre as duas doses dos imunizantes.
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“O Ministério da Saúde informa que acompanha a evolução das diferentes variantes do Sars-CoV-2 no território nacional e está atento à possibilidade de alterações no intervalo recomendado entre doses das vacinas [contra a] covid-19 em uso no Brasil. O tema foi discutido novamente na Câmara Técnica Assessora em Imunizações, em reunião realizada no dia 16 de julho deste ano. E permanece com a recomendação de manter o intervalo orientado”, informou a pasta em nota. “Vale reforçar a importância de completar o esquema vacinal da covid-19 para que o caráter pandêmico da doença seja superado.”
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Apesar da recomendação do Ministério da Saúde, os Estados têm autonomia para definir os próprios critérios de aplicação das vacinas. Como Oeste noticiou, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina da AstraZeneca no Brasil, também defendeu a manutenção do intervalo atual.
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O intervalo foi estabelecido com base em estudos científicos dos fabricantes das vacinas, que foram analisados e aprovados por agências reguladoras de vários países. A redução do intervalo está sendo estabelecida com base em quê?