Senado conclui proposta para regular inteligência artificial no Brasil

Relatório será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça

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A comissão foi instalada em março do ano passado e passou a discutir a regulação da IA no país
A comissão foi instalada em março do ano passado e passou a discutir a regulação da IA no país | Foto: Reprodução/Agência Senado

A inteligência artificial (IA) está no centro de uma proposta discutida ao longo do ano passado e que será levada à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A intenção da comissão, que concluiu o relatório na terça-feira 6, é regular o uso da IA no país.

Entre os principais pontos, a proposta restringe o uso de câmeras instaladas pelas Secretarias de Segurança Pública para reconhecimento facial indiscriminado de pessoas que circulam nas ruas. Também veda a implementação de modelos de “ranqueamento social”, usado pela China, em que cada cidadão recebe uma pontuação de acordo com seu comportamento nas redes sociais e a nota serve para assegurar ou não acesso a recursos públicos.

A comissão, formada por 18 juristas, é liderada pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça. O grupo elaborou a proposta de regulação, que tem 45 artigos. O relatório possui mais de 900 páginas e contou com a participação de membros da academia, da sociedade civil e de empresas ouvidos em audiências públicas no ano passado.

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O texto define graus de risco para sistemas de inteligência artificial e estabelece que fornecedores ou operadores respondam pelos danos causados por sistemas de alto risco (como carros automatizados) e de risco excessivo (como câmeras de vigilância). A classificação pode passar por atualizações. Há também disposições de transparência. Empresas que usem sistemas de IA de alto risco precisam adotar medidas de governança que registrem o funcionamento da inteligência e métodos para corrigir vieses.

As sanções administrativas aos que infringirem a lei variam entre advertência, multa simples de até 2% do faturamento, indo de no máximo de R$ 50 milhões por infração até a suspensão parcial ou total do sistema.

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4 comentários Ver comentários

  1. GREVE GERAL JÁ! Só assim os militares de baixa patente sairão dos quartéis para salvar o Brasil. Devemos parar tudo, caminhões, transportes públicos, agro, fábricas, escritórios e etc… Sem produção = sem impostos. Quero ver o que o governo vai fazer. Daí os militares, capitães, tenentes, sargentos, cabos e soldados das forças Armadas e das polícias militares, serão obrigados a sair dos quartéis. Eles são o povo de farda, daí poderão agir para o bem do Brasil. GREVE GERAL JA!Generais tem medo de perder o controle sobre as tropas

  2. Nada contra ações que ajude a preservar a privacidade dos cidadãos.
    Querer regulamentar a aplicação de tecnologias das quais não temos o mínimo de conhecimento atual e que estarao disponíveis no futuro só reforça o nosso cacoete estadocrata e prepotente.
    O atrazo tecnológico que experimentamos com a criação da Secretaria Especial de Informática no passado nos mostra claramente que esse não é o caminho. As piores decisões são sempre aquelas feitas por burocratas de plantão.!!!

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