O governador Tarcísio de Freitas, quando assumiu o cargo no começo deste ano, anunciou, como uma das medidas para acabar com a cracolândia, a internação compulsória dos dependentes químicos.
Nesta sexta-feira, 21, Tarcísio voltou a tratar do tema. À CNN, o governador disse que não descarta propor a internação compulsória como medida extrema.
“Entendo que, antes de muitas medidas que podem ser tomadas, as pessoas precisam de acolhimento”, afirmou. “Obviamente, é uma medida extrema que pode ser usada com cuidado em último caso”, explicou o governador.
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Ainda conforme o chefe do Executivo paulista, a questão necessita de “muitas políticas públicas” que precisam conversar. No entanto, Tarcísio disse que, “quando todas as outras possibilidades estiverem esgotadas, como forma de salvar vidas”, poderá considerar sim a internação compulsória.
Promessa de ‘pena de internação’
O governo paulista anunciou oficialmente em 24 de janeiro um plano para pôr um fim à cracolândia, problema que domina as ruas do centro de São Paulo há décadas.
Na ocasião, ao lado do vice-governador, Felício Ramuth, e do prefeito da capital, Ricardo Nunes, foi anunciada uma força-tarefa para atuar em várias frentes na tentativa de resolver o problema.
Na época, segundo os números divulgados pelo Palácio dos Bandeirantes, mais de 60% dos dependentes que frequentam a cracolândia respondiam criminalmente e tinham o benefício da progressão de pena.
Uma das estratégias do governo era aplicar a substituição do regime para usuários já condenados por internação fechada para tratamento. “O que vamos tentar fazer é, ao invés de voltar ao presídio, a gente vai oferecer o tratamento fechado, como se estivesse numa internação”, anunciou Tarcísio, na época.
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Na ocasião, os gestores afirmaram que a internação compulsória seria utilizada em último caso para pessoas em situações extremas. “A internação compulsória dá muito questionamento, inclusive judicial, por isso que é a última opção, mas ela não pode ser descartada”, explicou o governador. Pelo menos 40% dos usuários que frequentam a cracolândia estão no local há dez anos.
É muita moleza para essas pessoas que há anos degradam boa parte da cidade, hostilizam os transeuntes, praticam extorsão contra os comerciantes, emporcalham o local público, roubam… Por quê a sociedade tem que aguentar essa turma de drogados, que se drogam porque gostam, se viciaram porque quiseram, vivem nessa vida inútil porque a escolheram. Eles não são vítimas de nada, são parasitas. Internação compulsória sim, é bom, tanto é bom que a esquerda não aceita, porque para essa esquerda que temos, tudo que for bom para o povo tem que ser combatido.