A Americanas convocou nesta sexta-feira, 17, uma assembleia geral de credores para 19 de dezembro, em que será discutido o plano de recuperação judicial da companhia, conforme informou o portal Metrópoles.
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A convocação foi apresentada nos autos do processo de recuperação judicial da varejista e de suas subsidiárias. O edital ainda não foi publicado.
A primeira chamada para assembleia é para o dia 19. A segunda será no dia 22 de janeiro de 2024.
O processo de recuperação judicial da Americanas corre na 4ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro. Em 19 de janeiro deste ano, a empresa adimitiu dívidas de R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores.
Resultados revisados
A convocação ocorre um dia depois de a Americanas divulgar seus balanços financeiros revistos, referentes a 2021 e 2022.
A varejista, em 2021, declarou um prejuízo de R$ 6,237 bilhões. O resultado anterior foi portanto revisado, já que indicava um lucro líquido de R$ 544 milhões.
Em 2022, a Americanas houve também prejuízo, de R$ 12,912 bilhões. A revisão dos balanços fez a companhia registrar um aumento de 104% nas perdas entre 2021 e 2022.
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A explicação da Americanas, segundo o portal, é que o desempenho ocorreu por causa do fraco resultado operacional. Incluem-se também entre as causas a alta despesa financeira e lançamentos extraordinários.
Nesta sexta-feira, a Americanas divulgou que a fraude contábil, que veio à tona em janeiro, foi de R$ 25,2 bilhões.
Frentes de ação
Para o CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, os resultados obtidos pela varejista estão abaixo do que seria desejável, mas são “compatíveis com a realidade”. Ele fez a afirmação a investidores, de acordo com o portal.
Ele considera que a Americanas é a maior “vítima” em todo esse processo.
“Assumimos com objetivo de chegar a um acordo com credores para garantir sustentabilidade da empresa.”
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Coelho ressaltou, de acordo com o Metrópoles, que a gestão da Americanas atua no momento em três frentes: a recuperação judicial, a investigação da fraude contábil e a “transformação” da empresa.
“Acreditamos que, com esse plano, a Americanas estará pronta para renovar seu papel de relevância no varejo brasileiro”, disse. “Não será fácil, não será simples, mas será feito.”
O rombo contábil bilionário nos balanços financeiros da Americanas, foi inicialmente estimado em R$ 20 bilhões. Depois, o valor aumentou.
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, que investigou o episódio, se encerrou em setembro e não propôs o indiciamento de ninguém. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.