Apesar da previsão de queda de 60% das vendas no Dia das Mães, e-commerce deve crescer 123%

No ano, a data é a segunda mais importante para o varejo

O volume de vendas no varejo no Dia das Mães de 2020 deve cair 59,2% em comparação com o ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Historicamente, a data é a segunda mais importante no calendário varejista brasileiro, ficando atrás apenas do Natal. A projeção de queda por conta da pandemia ficou acima das perdas estimadas para a Páscoa (-31,6%).

Os ramos mais afetados devem ser:

vestuário e calçados (-74,6%);
móveis e eletrodomésticos (-66,8%);
artigos de informática e comunicação (-62,5%).

Segundo Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa, o comércio deverá registrar retração em todos os Estados durante a data. “São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação que respondem por mais da metade das vendas voltadas para o Dia das Mães, tendem a registrar perdas de 58,7%, 47,4% e 46,6%, respectivamente”, destaca.

Em termos relativos, as maiores perdas ocorrerão em estados do Nordeste: Ceará (-74,2%), Pernambuco (-73,5%) e Bahia (-66,2%).

Comércio eletrônico deve dobrar em vendas

Outro levantamento, da Compre&Confie, indica que as compras on-line devem atingir faturamento de R$ 5,9 bilhões, um aumento de 123% em relação ao mesmo período do ano passado.

A estimativa da companhia considera o período entre 25 de abril e 9 de maio, e projeta que, nesse intervalo, sejam realizadas 15,5 milhões de compras online – número 139% maior do que o registrado no mesmo intervalo de 2019.

Apesar de comprarem em maior quantidade, brasileiros devem gastar menos em cada transação. A companhia vê queda de 7% no tíquete médio das compras, totalizando R$ 380,23.