Autonomia do Banco Central impediu que o Brasil virasse a Argentina, diz senador

Plínio Valério é o autor da lei que concedeu autonomia à autoridade monetária

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Plínio Valério, senador pelo Amazonas | Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Plínio Valério, senador pelo Amazonas | Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Criador da lei que concedeu autonomia ao Banco Central, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) repudiou, nesta terça-feira, 7, as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a taxa de juros definida pela autoridade monetária. De acordo com o parlamentar, as opiniões do petista são a prova de que a medida está correta.

“A autonomia do Banco Central deu certo”, disse Valério, em entrevista à Rádio Senado. “O PT está magoado, chateado, porque não vai poder emitir moeda. Graças à autonomia do Banco Central, o Brasil foi salvo. O petista, com essa loucura, levaria o país para a inflação.”

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Resultados

Na opinião do senador, a autonomia garantiu que o país se mantivesse no caminho correto. “O Brasil não teria uma das menores taxas de inflação do mundo desenvolvido, e o país poderia ter trilhado o caminho da Argentina”, disse o parlamentar.

A Argentina fechou 2022 com a inflação em cerca de 95%. O Brasil, por sua vez, encerrou o mesmo período com o aumento dos preços em 5,8%. A taxa brasileira ficou abaixo da de países como Estados Unidos e Alemanha, nações tidas como referência em termos econômicos para o mundo.

Lula prefere a Argentina

Em razão da inflação desenfreada, uma das medidas tomadas recentemente pelo Banco Central da Argentina foi a criação da nota de 2 mil pesos. A quantia compra pouco menos de 10 litros de leite na capital, Buenos Aires. Antes, a cédula de maior valor no país chegava a 1 mil pesos.

Em visita a Buenos Aires, Lula disse que Argentina terminou o ano em uma situação econômica privilegiada. A fala ocorreu em 23 de janeiro, na véspera da volta do Brasil à Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Autonomia em perigo?

Atualmente, o Banco Central do Brasil está sob o comando de Roberto Campos Neto. De acordo com Valério, por trás das críticas de Lula, pode existir algum plano para mexer na presidência da instituição.

O parlamentar lembra, contudo, que uma eventual remoção de Roberto Campos do cargo dependeria do aval do Senado. “Nós não vamos referendar uma maluquice dessa”, declarou o parlamentar.

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