A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) informou nesta sexta-feira, 4, que alcançou, em janeiro deste ano, a marca de 5 milhões de pessoas físicas com contas abertas em corretoras em todo o Brasil.
São 1,2 milhão de contas de mulheres e 3,8 milhões de homens. A quantidade de CPFs é de 4,2 milhões — uma mesma pessoa pode ter conta em mais de uma corretora.
Segundo a B3, o balanço retrata o crescimento do número de brasileiros que entram no mercado de capitais. Os primeiros investimentos das pessoas em renda variável vêm sendo feitos com valores cada vez mais baixos.
Em dezembro, a mediana do primeiro investimento foi de R$ 44 — o menor valor desde janeiro de 2014. Também houve um aumento expressivo de quase 1.000% no número de CPFs em Certificado de Depósito de Ações (BDRs), na comparação com o mesmo período de 2020.
“Isso demonstra que a pessoa física está com o apetite cada vez maior para acessar ativos no exterior através da B3, de forma segura e sem a necessidade de envio de remessas de dinheiro para fora do país”, diz a nota.
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Ainda no ano passado, houve uma expansão de mais de 100% no número de novos investidores em Fundos de Índices (ETFs), chegando a 500 mil. “O produto, que possui um conceito maduro em muitos mercados, ainda tem um grande potencial de desenvolvimento no Brasil”, diz a Bolsa.
“O investimento em ações segue robusto, com aumento de, aproximadamente, 30% no período, chegando a 3,1 milhões de CPFs. Esse movimento reforça uma tendência que vinha se formando desde 2020, quando as quedas na taxa de juros atraíram mais pessoas para a renda variável”, prossegue o comunicado da B3.
“Mesmo com as sucessivas altas na Selic, desde o ano passado o que se verifica é que as pessoas físicas vêm mantendo posições em renda variável e a diversificação em suas carteiras”, conclui a nota.