Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 28, pelo Banco Central (BC), o volume total de crédito ofertado pelos bancos registrou crescimento de 16,5% em 2021, na comparação com o ano anterior. O montante atingiu a marca inédita de R$ 4,6 trilhões.
No fim de 2020, o estoque de crédito em mercado era de pouco mais de R$ 4 trilhões. No ano passado, o crescimento foi de R$ 664 bilhões — a maior alta da série histórica, iniciada em 1991.
Ainda de acordo com o BC, a expansão de 16,5% foi a maior, em termos porcentuais, desde 2011. Naquele ano, o volume do crédito bancário subiu 18,8%. Em 2020, o crescimento foi de 15,6%.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que se trata de um “expressivo resultado”, impulsionado pelos empréstimos destinados às famílias, que cresceram “forma ininterrupta ao longo do ano, beneficiado pela reabertura das atividades econômicas em decorrência principalmente do avanço da vacinação no país”.
Segundo o BC, o crédito às famílias aumentou 20,8% em 2021, ante 11,2% do ano anterior. O crédito para as empresas, por sua vez, desacelerou no ano passado: alta de 11,1%, contra 21,8% de 2020.
Ainda de acordo com o BC, as novas concessões de crédito subiram 19% em 2021, depois de aumentarem 5,3% em 2020.
“As contratações com empresas cresceram 15,1% no ano (10,9% em 2020) e as com pessoas físicas avançaram 22,6% em 2021 (de 0,6% em 2020)”, informou a instituição.
A taxa de inadimplência ficou em 2,3% em dezembro do ano passado — aumento de 0,2% na comparação com o ano anterior.