Em novembro, o C6 Bank teve seu primeiro lucro mensal da história: R$ 15 milhões. Apesar do resultado, o banco digital deve fechar 2023 com prejuízo de R$ 1,2 bilhão.
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Além disso, o agregado do quarto trimestre deve ser negativo. A expectativa da empresa é, no entanto, que o resultado do primeiro trimestre de 2024 seja positivo.
“Já vínhamos em uma trajetória de receitas crescentes, custos estáveis e provisões para devedores duvidosos (PDD) declinantes”, afirmou ao jornal Valor Econômico o presidente e fundador do C6 Bank, Marcelo Kalim. “Era questão de tempo até as curvas se cruzarem, o que aconteceu agora em novembro.”
Em setembro, Kalim disse que a instituição financeira deveria registrar lucro até o fim de 2023.
Apesar disso, no primeiro semestre deste ano, o C6 Bank teve um prejuízo ajustado de R$ 285,3 milhões. Apesar de negativo, o resultado mostrou uma melhora de 51,8% no comparativo com os seis primeiros meses de 2022.
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Kalim também disse que a queda das PDD ocorreu por causa de um trabalho interno de restrição do crédito e de busca por uma mistura de carteira mais saudável.
Ele ainda acrescentou que a inadimplência, que no fim do primeiro semestre estava em 4,3%, ficou em 3,7% em novembro. Ele projeta que isso deve ser ainda menor em dezembro.
C6 Bank tem banco norte-americano como sócio
O banco brasileiro tem o norte-americano J.P. Morgan Chase como sócio e afirma que sua base para o crescimento sustentável está diversificação do modelo de negócio.
“Como um dos bancos digitais que mais rapidamente alcançaram o breakeven (equilíbrio financeiro), o C6 Bank vem conquistando progressos, reforçando a nossa confiança em seu sucesso contínuo”, afirmou Sanoke Viswanathan, chefe de estratégia do J.P. Morgan Chase, em nota.
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Viswanathan também disse que o banco brasileiro faz parte importante na estratégia global de banco digital do J.P. Morgan Chase. Em agosto, a instituição norte-americana aumentou sua participação no C6 Bank de 40% para 46%.