Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou como a confiança dos empresários do setor de comércio caiu 1,9% em novembro, na comparação com o mês de outubro.
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A pesquisa mostrou que mesmo com a Black Friday e a proximidade do Natal o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) despencou.
Além disso, o índice que mede as expectativas futuras do empresário do comércio teve redução de 0,6%, a maior queda desde abril de 2021.
A confiança do empresário do comércio piorou nos três grupos de lojas do varejo:
- produtos de primeira necessidade (-5,1%);
- produtos duráveis (-2,5%);
- produtos semiduráveis (-1,9%).
Na comparação anual, o grupo de produtos duráveis registrou a maior queda (-18,8%), já que é o segmento mais afetado pelas condições de crédito, que segue seleto e caro.
Condições macroeconômicas preocupam setor do comércio
“Embora as expectativas de faturamento do setor tenham aumentado por conta da Black Friday e do Natal, todos os indicadores do Icec apresentaram queda, com destaque para a avaliação das condições atuais (-5,4%), que mede a percepção quanto à economia, ao setor e à própria empresa”, informou a CNC em nota.
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Segundo a Confederação, mesmo com essa redução de confiança, a Black Friday incentivou a reposição de estoques por parte do segmento de bens duráveis, como eletroeletrônicos, móveis e decoração.
Todavia, para a CNC as incertezas macroeconômicas do Brasil resultarão em perspectivas desafiadoras nos próximos seis meses para o setor varejista.
“O risco fiscal, os juros ainda elevados e a possível majoração dos tributos, advinda da reforma tributária, por exemplo, são fatores que contribuem para um sinal de alerta para a atividade econômica do País”, salientou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O presidente da Confederação sugeriu cautela aos comerciantes em um cenário de tamanha incerteza.
Piora na atividade econômica começa a ser percebido no comércio
Segundo o economista chefe da CNC, Felipe Tavares, responsável pelo levantamento do Icec, seis em cada dez empresários percebem uma piora na atividade econômica e no desempenho das vendas, refletindo as incertezas do panorama atual.
“O cenário está crescendo a taxas decrescentes, ou seja, existem melhoras mensais, mas a taxa de crescimento é menor, comparada ao mês anterior. Por isso, a percepção em relação às próprias empresas atingiu 99,8 pontos, retornando a um nível abaixo de 100 pontos, algo que não ocorria desde junho de 2023”, salientou o economista.
A pesquisa da CNC mostra que a intenção dos empresários do setor de comércio de investir na contratação de funcionários vem apresentando quedas consecutivas desde setembro, e teve uma retração mensal de 1,1% em novembro.
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