A União Química realizou um acordo de cooperação técnica com a farmacêutica russa Geropharm para a produção de insulina e de uma outra vacina contra a covid-19, a EpiVacCorona.
De acordo com o presidente do laboratório brasileiro, Fernando de Castro Marques, a intenção da companhia é começar com a importação da vacina e depois a transferência de tecnologia. O próximo passo, de acordo com uma reportagem do jornal Valor Econômico, é articular a parte regulatória, para trazer o imunizante ao mercado brasileiro, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Esse projeto é para o próximo ano. Temos seis meses para entrar com o pedido de registro usando os resultados dos estudos feitos na Rússia. Se analisarmos a legislação brasileira, a agência russa é considerada de primeiro mundo, como as do Estados Unidos e Europa. Acredito que será mais fácil do que a Sputnik V”, afirmou Castro Marques.
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Para ele, o fato da vacina ter sido desenvolvida por uma empresa privada facilitaria a obtenção de documentos para a aprovação na Anvisa. “É uma negociação de empresa para empresa. Assim que tivermos a permissão para trazer ao mercado brasileiro o imunizante vamos estruturar a operação. Primeiro vamos fazer somente o envase no país e depois partimos para a produção”, disse o presidente da União Química.
No caso da insulina, o acordo também prevê a importação e depois a fabricação no Brasil, segundo o executivo, que estima que ela esteja no mercado ainda este ano. O investimento para ampliação da capacidade de produção e nacionalização de ambos os produtos deverá ser de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões, de acordo com Castro Marques.
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