Uma consultoria de serviços de tecnologia entrou com pedido decretação de falência da varejista Tok&Stok, na Justiça de São Paulo. A informação é do jornal Valor Econômico.
A credora Domus Aurea, com sede em Barueri, informou na ação que a rede de móveis suspendeu os pagamentos referentes à conclusão antecipada de um projeto. A dívida, em atraso de três meses, chega a R$ 3,8 milhões.
A Domus afirmou, em pedido ajuizado na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, que “a insolvência da Tok&Stok é comprovada, pois materializada em título executivo cuja soma ultrapassa 40 salários mínimos, não houve pagamento”.
No processo, constam os últimos registros da Tok&Stok na Junta Comercial do Estado, oficializando a renúncia de cinco executivos da rede nos últimos dois meses. Entre eles, Daniel Sterenberg, que ocupava a função de CEO.
A Tok&Stok terá o prazo de 10 dias para apresentar sua defesa após a citação. Neste período, poderá depositar o valor do crédito, para evitar a decretação da falência, conforme a reportagem.
A Tok&Stok tem como acionistas a SPX, que assumiu as operações do Carlyle, e a família Dubrule, fundadora do negócio.
Com 65 lojas, e dívida estimada em R$ 600 milhões, a rede varejista começou a ter sua crise financeira exposta em fevereiro, quando um fundo imobiliário da Vinci entrou com uma ação de despejo na Justiça alegando inadimplência em aluguéis da loja na cidade de Extrema, em Minas Gerais.
Na semana passada, a Tok&Stok iniciou um processo de fechamento de lojas em várias cidades do país: Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas e Piracicaba. Outras unidades também podem ser fechadas pela varejista.
A Tok&Stok não se pronunciou sobre o fechamento de lojas nem sobre o pedido de falência.