A taxa de desemprego no trimestre de março a maio recuou 0,3 ponto porcentual na comparação com o trimestre anterior (fevereiro a abril) e ficou em 8,3%. Também houve queda na comparação com o mesmo trimestre de 2022, quando o desemprego estava em 9,8%.
Esses dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população desocupada, 8,9 milhões de pessoas, diminuiu 3%, na comparação com o trimestre anterior.
O contingente de pessoas ocupadas (98,4 milhões) e o nível da ocupação (porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,4%, ficaram estáveis.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, o recuo do desemprego teve mais influência da queda do número de pessoas procurando trabalho do que do aumento expressivo de trabalhadores. “Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, afirma a pesquisadora, em nota divulgada pelo IBGE.
Na quinta-feira 29, o Ministério do Trabalho anunciou a criação de 155,3 mil vagas com carteira assinada em maio, resultado de 2 milhões de contratações e pouco mais de 1,8 milhão de desligamentos.
Apesar do saldo positivo, o número foi 44% menor que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 277,7 mil vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).