Depois de investida grande das fabricantes chinesas BYD e GWM no Brasil, e com menos intensidade a Seres, outra fabricante asiática está chegando ao mercado brasileiro de carros elétricos e híbridos. Trata-se da VinFast, do Vietnã, conforme informou publicação da Globo.
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Os planos para o Brasil, de acordo com a matéria, ainda não são conhecidos. A única informação concreta são as vagas de emprego anunciadas na rede social Linkedin, e já fechadas.
A Argentina, porém, deu sinal do que possivelmente chegará ao Brasil: o VF 3, um SUV elétrico bem pequeno de duas portas que deve ser lançado em 2024. O veículo foi registrado no instituto de propriedade industrial argentino.
As vagas abertas pela companhia asiática no Brasil, por meio do Linkedin. foram tidas como um indício forte de que a empresa vai iniciar suas operações em território brasileiro.
O texto do Linkedin mostra quais são as intenções da VinFast.
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O anúncio, conforme noticiou a matéria, tem início com a seguinte frase:
“Com seus ambiciosos planos de expansão, a VinFast, uma das principais fabricantes de automóveis do Sudeste Asiático, está agora deixando sua marca no Brasil.”
Em seguida, informa:
“A VinFast Brasil está agora recrutando para diversas funções em todas as áreas do negócio automotivo.”
Depois de descrever características ideais dos candidatos, a empresa prossegue, com a afirmação de que existe uma série de funções em nível gerencial (chamado de chefe de departamento) no escritório no Brasil.
E apresenta as áreas, citando as funções de gestão de vendas (gerente de vendas do revendedor/CEO adjunto e gestão de treinamento de vendas) e de serviço pós-venda (vice-CEO do serviço pós-venda, gerente de desenvolvimento de rede, gestão de treinamento em engenharia pós-venda, gestão de controle de qualidade de serviço).
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No terceiro item vem a vaga para backoffice (gerente jurídico; finanças, gerente contábil; administrador, RH – gerente de logística).
Detalhes sobre a companhia
A VinFast, conforme informa a revista da Globo, é membro do Vingroup, e foi fundada em 2017. O Vingroup é liderado pelo bilionário Pham Nhat Vuong, a pessoa mais rica do Vietnã, segundo a reportagem. Ele tem atuação em vários setores, como o hoteleiro, o imobiliário e o de saúde.
A montadora se coloca como a primeira fabricante de veículos da história do país e iniciou suas operações usando plataforma e mecânica da BMW, diz a publicação.
Os dois primeiros produtos da companhia foram o sedã A2.0 e o SUV SA2.0, construídos sobre a plataforma dos BMW Série 5 e X5, respectivamente. Ambos foram apresentados no Salão de Paris de 2018.
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O artigo descreve que, no motor, um 2.0 turbo de 176 cavalos (só para o sedã) ou 231 cv (para ambos), a base foi composta pelos propulsores alemães, construídos, porém, pelos vietnamitas.
O câmbio automático de 8 marchas é também de fabricação da alemã ZF, que no Brasil mantém uma fábrida em Sorocaba (SP), depois de se instalar nos anos 1950 em São Caetano do Sul (SP).
Além da fabricante alemã, a carroceria desses projetos foi criada pelo consagrado estúdio Pininfarina, conhecido por projetos com a Ferrari.
A fabricante asiática, desde 2022, abandonou os carros a combustão e foca em SUVs elétricos.
O modelo de entrada é o VF 6, que tem 176 cv, 25,4 kgfm e 399 km de autonomia no ciclo WLTP. A versão mais potente tem capacidade de 204 cv e 31,5 kgfm. O alcance diminui um pouco para 381 km.
Em seguida está o VF 7, que na versão de entrada entrega de 203 cv, 31,5 kgfm e autonomia de 450 km. A opção mais potente possui 352 cv e 50,8 kgfm. A autonomia é de 431 km.
Segundo a revista da Globo, o VF 8 e o VF9 são os SUVs mais completos da VinFast. O VF 8 tem versão de 353 cv ou de 407 cv, e a autonomia fica em 420 km e 470 km, respectivamente.
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Existe algo muito errado no Brasil, quando um país situado no outro lado do mundo, destruído por sucessivas guerras até os anos 1970, quando foram vítimas de potências internacionais como França e Estados Unidos (não somente eles), consegue desenvolver uma indústria automobilística. Nós aqui, discutindo se a população pobre pode ter acesso ao saneamento básico.