O governo de São Paulo concluiu nesta terça-feira, 23, o processo de privatização da Sabesp. A cerimônia aconteceu na bolsa de valores, a B3, e marcou o fim de um processo iniciado em fevereiro do ano passado.
O encerramento do processo com a liquidação da oferta realizada no âmbito da privatização na última segunda-feira, 22, marca o início do novo contrato de concessão pela Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae-1).
Também entra em vigor uma redução tarifária de 10% para as tarifas social e vulnerável, 1% para a residencial e 0,5% para as demais categorias.
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Com a ação vendida pelo Estado precificada em R$ 67 tanto pelo acionista de referência quanto pelo mercado, a desestatização levantou R$ 14,77 bilhões.
O valor por ação é cerca de 20% abaixo do preço do papel da companhia atualmente, que encerrou a última sessão em cerca de R$ 87.
Na manhã desta terça-feira, um evento na B3 marcou o fim do processo. A cerimônia na bolsa de valores teve discursos de secretários e empresários, que destacaram o papel social da Sabesp.
“É importante que, embora a Sabesp agora seja ainda do Estado, mas minoritária do Estado, ela continua sendo patrimônio de São Paulo”, disse o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.
“Vamos sempre estar à disposição da população para ajudar como a gente ajudou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com o nosso time, com nossos ativos, como nossa expertise“, acrescentou o diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo. “Esse é o espírito ‘Sabespiano’ e isso vai ser preservado, isso vai continuar.”
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Em seguida, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também discursou.
“Podíamos ter escolhido diversas formas de fazer essa desestatização”, afirmou. “Nós escolhemos o caminho que vai nos permitir deixar um legado.” Ele defendeu a escolha de um acionista de referência no processo, que se comprometesse com os objetivos do governo.
“É o alcance das pessoas que não têm aquele direito mais básico, de ter água na torneira, de ter esgoto”, acrescentou Tarcísio. Segundo ele, não faltou ousadia, diálogo, respeito e criatividade para construir o melhor modelo de desestatização da história.
“A Sabesp continua sendo o nosso operador de saneamento, vai operar com excelência, vai ganhar eficiência”, destacou o governador. “A Sabesp hoje está livre para voar mais alto e ser a maior plataforma de saneamento do planeta.”
Privatização da Sabesp
Na semana passada, foi assinado um acordo que impede a venda das ações pela Equatorial até 31 de dezembro de 2029, prazo para a universalização do saneamento no Estado. Entre os investidores institucionais, 87% foram fundos de longo prazo e 50% foram fundos internacionais.
Outros 17% dos papéis foram distribuídos em uma oferta pública, com participação de 17,9 mil pessoas físicas e fundos institucionais, totalizando 220,4 milhões de ações vendidas.
Com a oferta pública, o governo de São Paulo reduziu sua participação na Sabesp de 50,3% para 18%.
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Além de cortes na tarifa, a privatização também visa a antecipar a universalização dos serviços de água e esgoto de 2033 para 2029, com investimento de R$ 260 bilhões até 2060.
A privatização começa com redução tarifária. Quando é estatização, começa com aumento tarifário. E com os 9 do STF+ L3 os valores são astronômicos.
Parabéns governador Tarcísio!
A esquerda deve estar se mordendo, perderam mais um cabide de…..