A Hidrovias do Brasil anunciou, na quinta-feira 27, uma parceria com a empresa de logística VLI para fazer uma avaliação técnica conjunta do projeto da Ferrogrão — ferrovia destinada a se tornar a rota mais importante de escoamento do agronegócio brasileiro, como Oeste mostrou em reportagem especial publicada no dia 10 de abril.
“Essa parceria permite que a VLI e Hidrovias unam suas respectivas expertises para o estudo de uma solução logística multimodal para a Ferrogrão, bem como busca de parceiro investidor para atuação conjunta no prosseguimento do projeto”, afirmou a empresa em nota.
A VLI é controladora da Ferrovia Centro-Atlântica e tem entre seus acionistas a mineradora Vale.
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Com previsão de alcançar 933 quilômetros em extensão, a ferrovia conectará a região produtora de grãos do Centro-Oeste, em Mato Grosso, ao Estado do Pará, desembocando no Porto de Miritituba. A Ferrogrão ligará os municípios de Sinop (MT) e Itaituba (PA), às margens do Rio Tapajós. Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu à reivindicação do Psol e suspendeu a eficácia da Lei 13.452/2017, que teve origem em um projeto de conversão da Medida Provisória (MP) 758/2016.
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Essa MP alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, excluindo 862 hectares da unidade de conservação ambiental. Na ação, o partido alega que somente uma lei em sentido formal — e não uma MP — poderia autorizar a alteração ou a supressão de áreas de unidades de conservação.
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Segundo o governo, a Ferrogrão também servirá como uma “esteira de grãos”, substituindo o modal rodoviário — meio de transporte mais poluente e ineficiente — e criando uma multimodalidade formada por ferrovia, hidrovia e portos. Em 30 anos, a expectativa é que a Ferrogrão movimente 48,6 milhões de toneladas e crie 160 mil empregos, reduzindo em quase R$ 20 bilhões o custo logístico da produção. O investimento estimado para o projeto é de R$ 12 bilhões.
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Com informações da Reuters
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