A média salarial do Judiciário, que inclui magistrados e servidores, é três vezes maior que a observada no Executivo e o dobro da verificada no Legislativo, considerando as esferas municipais, estaduais e federais. As informações constam no Atlas do Estado Brasileiro, relatório produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os magistrados e servidores do Judiciário recebem em média R$ 12,1 mil, enquanto no Legislativo, R$ 6 mil. No Executivo, o valor é de R$ 4 mil. Contudo, a diferença é ainda maior quando o setor privado entra em cena — os servidores do Judiciário ganham, em média, os R$ 12,5 mil anteriormente citados, ao passo que os trabalhadores do setor privado embolsam R$ 2 mil.
A informação sobre a média salarial dos funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário, retirada do relatório produzido pelo Ipea, pode ser observada aqui.
Segundo o pesquisador Félix Lopez, autor do estudo, as médias de remuneração não incluem os salários dos terceirizados, cuja forma de ocupação não é captada pelas bases de dados do governo. Além disso, os valores registrados não incluem os “penduricalhos”, como são chamados os benefícios não salariais. “Há claro descolamento do Judiciário dos demais poderes”, afirmou Lopez. “Mesmo o Legislativo, que tem remunerações mais altas que o Executivo em média, manteve remuneração mais estável ao longo do tempo.
Lopez afirma que metade dos servidores do Judiciário nos anos 2000 recebia, em média, R$ 6,7 mil. Em 2019, esse número passou para R$ 11 mil. “No Judiciário federal, 7% dos servidores recebem até R$ 2,5 mil, enquanto no Executivo municipal o porcentual de funcionários com essa remuneração chega a 60%”, observou. “Isso representa seis milhões de servidores. As remunerações mais altas são no nível federal e no Poder Judiciário.”
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Não somente o Judiciário é muito caro, o Ministério Público da União também é caríssimo. Uma reforma administrativa de verdade deveria unificar as Justiças Federais ( temos 3, a Federal, em sentido estrito, a Trabalhista e a Eleitoral) e também os Ministérios Públicos Federais ( temos 4, MPF, MPT, MPDFT E MP JUNTO AO TCU). Só o MPT possui mais de 900 procuradores do trabalho, sem nenhuma necessidade de tantos.
E ainda existem os salários de funcionários q são contratados por empresas prestadoras de serviço ao Poder Judiciário, como zeladores, porteiros, jardineiros, seguranças, entre outros… em qual cálculo foram incluídos? Imagino q não dos servidores públicos.
Existe uma classe de privilegiados no serviço público. Isto é público e notório
Esse negócio de “média” não significa nada. Há juízes e desembargadores que recebem mais de 100 mil reais por mês (alguns ganham ainda mais, 200, 300 mil….). Mas a grande maioria dos servidores concursados (muitos de nível superior) ganham salários de 3, 4 mil reais. E sempre que resolvem acabar com os “privilégios” é sempre quem ganha menos é quem se ferra.
Que artigo mal escrito! Na média salarial do setor privado foram incluídos os salários de diretores e presidentes de empresas? Me parece q não. Já do Judiciário, devem ter incluído de desembargadores e de juízes. Faltam informações aí!!