A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, nesta quinta-feira, 7, que o setor de empresas de planos de saúde no país registraram lucro líquido de R$ 3,1 bilhões. Os dados são relativos ao acumulado dos três primeiros trimestres de 2023, período de janeiro a setembro.
+ Leia mais de Economia em Oeste
O valor equivale a 1,3% da receita total do período, que foi de R$ 233,4 bilhões, o melhor resultado para o período em dois anos. Os resultados foram positivos desde administradoras de benefícios à odontologia:
- médico-hospitalares – R$ 2,27 bilhões;
- administradores de benefícios – R$ 388,4 bilhões; e
- operadoras odontológicas (exclusivas) – R$ 471,6 milhões.
As operadoras médico-hospitalares, contudo, encerraram o terceiro trimestre com um resultado operacional negativo. Prejuízo de R$ 6,3 bilhões no período.
Leia também: “Vídeo: ministra da Saúde defende vacina obrigatória contra covid para crianças”
Segundo a ANS, o que justifica o desempenho do setor é a sinistralidade, isto é, o acionamento de sinistro de seguro, que fez com que o setor fechasse o trimestre em 88,2%, 2,1% menor em relação ao mesmo período de 2022. Isto significa que cerca de 88% das receitas advindas das mensalidades são, sim, utilizadas com despesas assistenciais.
“Tal resultado, ainda superior ao observado nos anos pré-pandemia, foi fortemente impulsionado por algumas das maiores operadoras do país”, afirma a ANS.
Crescimento das mensalidades teve papel importante nos resultados do setor
A ANS afirma que o crescimento das mensalidades médias e despesas assistenciais por beneficiário de planos de saúde, ambas ajustadas pela inflação, tiveram um papel importante para o resultado do setor. A agência reguladora diz que o contexto do aumento no número de beneficiários tende a reduzir os resultados financeiros.
Leia também: “Médicos atualizam estado de saúde do cantor Zé Neto”
O diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, disse que a recuperação do desempenho econômico-financeiro do setor pode ser observada em diversos indicadores desde o quarto trimestre de 2022. De acordo com ele, isso se dá “especialmente nas séries de 12 meses, com o aumento dos resultados líquido e operacional e a redução da sinistralidade”.
“O agregado da margem de lucro líquido das operadores médico-hospitalares ficou positivo, apresentando o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2021”, afirmou Aquino.