Dados divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo Banco Central (BC) mostram que o nível de atividade econômica do país começou o quarto trimestre deste ano em queda. Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou uma retração de 0,4% em outubro, na comparação com o mês anterior. Trata-se do quarto mês consecutivo de recuo no indicador.
No terceiro trimestre de 2021, a economia brasileira teve queda de 0,1%, entrando tecnicamente em recessão (dois trimestres seguidos de baixa).
Em relação a outubro do ano passado, de acordo com o BC, o IBC-Br apresentou uma retração de 1,48%.
Por outro lado, no acumulado dos primeiros dez meses deste ano, o índice de atividade econômica teve crescimento de quase 5%. No período de 12 meses até outubro, a alta foi de 4,19%.
Outras projeções
Segundo o último relatório do Boletim Focus, também do BC, divulgado no início da semana, o país deve crescer 4,65% em 2021 (a projeção anterior era de alta de 4,71%).
Já para 2022, a previsão de crescimento da economia brasileira oscilou de 0,51% para 0,5%.
Ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação é “o imposto mais maligno” e que é necessário agir com rapidez para evitar que seus efeitos causem danos irreversíveis à economia brasileira.
“O imposto mais maligno que nós temos é a inflação”, afirmou o presidente do BC. “Nós já tivemos essa experiência no passado. É muito importante agir de forma rápida, consistente, com linguagem transparente, para que se consiga abortar esse processo”, completou.
O Boletim Focus revelou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve terminar 2021 em 10,05%.
O centro da meta de inflação para este ano é de 3,75%, e, pelo sistema vigente no país, ela seria considerada cumprida se ficasse entre 2,25% e 5,25%. Em 2022, a meta é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.