Em meio à forte alta nas contas de energia elétrica, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, ficou em 0,96% em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da maior variação para o mês desde 2002, quando a taxa foi de 1,19%. Em junho, de acordo com o IBGE, a inflação ficou em 0,53%.
Leia mais: “Mercado mantém projeção de 5,3% para o PIB e sobe estimativa de inflação”
Com o resultado do mês passado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 8,99%. No acumulado de 2021, o IPCA registra alta de 4,76%.
Desde março, o indicador do acumulado de 12 meses tem ficado acima do teto de meta estipulada pelo governo (5,25%). O centro da meta é de 3,75% e, pelo sistema vigente no país, ela será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.
Leia mais: “Famílias atingem endividamento recorde durante a pandemia”
O resultado veio um pouco acima do esperado pelo mercado. Segundo pesquisa da Reuters, a expectativa dos analistas era a de um índice de 0,94% em julho, com alta de 8,98% no acumulado de 12 meses.
A alta da energia elétrica, de 7,88%, representou o maior impacto individual sobre o IPCA de julho, correspondendo a 0,35 ponto percentual no índice mensal.
Leia também: “Produção de veículos cai 2% em julho e tem pior resultado para o mês em 18 anos”